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O anúncio do laureado com o Prêmio Nobel da Paz de 2025, previsto para ocorrer nesta sexta-feira (10) em Oslo, Noruega, pelo Comitê Norueguês do Nobel, está gerando discussões. Para esta edição, 244 candidatos individuais e 94 organizações foram indicados, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Shealah Craighead/Casa Branca Trump já declarou diversas vezes que acredita ser merecedor do reconhecimento. Nos últimos meses, Trump tem afirmado que sua atuação na resolução de conflitos internacionais o torna um candidato adequado à distinção.
Contudo, especialistas consultados pela agência AP News consideram suas chances extremamente remotas. Especialistas e veteranos na análise do prêmio destacam que, apesar de indicações de alto perfil e de seu protagonismo em algumas ações de política externa, as possibilidades de Trump conquistar o Nobel permanecem baixas.
Segundo eles, o critério do Comitê Norueguês costuma privilegiar ações duradouras na promoção da paz, esforços de fraternidade global e o trabalho discreto de instituições que apoiam esses valores. O histórico do ex-presidente, que demonstra desprezo por organizações multilaterais e pouca atenção às mudanças climáticas, pode ser um fator que o prejudique.
O Nobel, que abrange áreas como Física, Química, Medicina, Literatura, Paz e Economia, tem sido alvo de atenção constante de Trump desde seu primeiro mandato. Em sua última aparição na Assembleia Geral da ONU, ele declarou que "todos dizem" que deveria receber o prêmio, ressaltando que seu objetivo maior é salvar vidas, e não ganhar medalhas.
Apesar de suas declarações, não há confirmação de que seu nome esteja entre os indicados considerados pelo comitê secreto formado por cinco membros nomeados pelo Parlamento norueguês. Desde 2018, Trump foi indicado diversas vezes, por americanos e também por políticos de outros países.
Em dezembro, a deputada republicana Claudia Tenney formalizou uma nova indicação, justificando que o presidente foi responsável pela mediação dos Acordos de Abraão, que estabeleceram a normalização das relações entre Israel e países árabes em 2020. Por outro lado, indicações feitas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e pelo governo do Paquistão foram enviadas após o prazo de 1º de fevereiro, o que as torna inelegíveis para o Nobel de 2025.
