Na terça-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou seu interesse em tomar medidas militares contra o tráfico de drogas na Venezuela, considerando ataques terrestres aos cartéis do país. Ele afirmou que o governo está avaliando essa possibilidade, após ações anteriores de forças americanas que interceptaram várias embarcações suspeitas de transportar drogas ilícitas.
Durante uma declaração aos jornalistas ao deixar a residência oficial, Trump destacou: "Vamos analisar com atenção os cartéis. Consideramos seriamente uma intervenção por terra contra eles". Ele também reforçou: "A Venezuela tem sido um ponto de entrada perigoso para drogas e outros ilícitos, o que representa uma ameaça significativa".
O mandatário norte-americano comentou ainda sobre as operações marítimas realizadas recentemente, nas quais várias embarcações foram atacadas. Segundo ele, essas ações resultaram na interrupção do fluxo de drogas aquáticas, que ele descreveu como um problema sério: "Chamamos de 'drogas marítimas'. Desde que realizamos esses ataques, nenhuma substância ilícita entrou por via marítima em nosso país, pois as embarcações eram perigosas".
Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, declarou na segunda-feira (29) que Nicolás Maduro assinou um decreto declarando estado de exceção, em resposta às ameaças do governo dos EUA. Essa medida foi tomada após o envio de navios de guerra e um submarino nuclear por parte de Washington ao sul do Caribe, indicando uma escalada nas tensões militares.
Rodríguez explicou que a medida de exceção foi decretada sob uma das cláusulas constitucionais venezuelanas, que permite tal ação em caso de conflito interno ou externo que represente risco à soberania, segurança ou às instituições do país. Ela destacou que o decreto seria ativado se a Venezuela fosse alvo de uma agressão militar por parte dos Estados Unidos.
O governo venezuelano também declarou que, por meio dessa medida, busca proteger sua integridade de qualquer intervenção estrangeira, reforçando a resistência às ações internacionais recentes. As tensões entre as duas nações permanecem altas, com o governo de Maduro reafirmando sua postura de resistência perante as ameaças externas e as ações militares dos EUA.