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Dados do Agronegócio Brasileiro Revelam Crescimento no Número de Aves e Rebanhos

Estatísticas de 2024 mostram avanços na produção de ovos, aumento de galinhas poedeiras e manutenção do rebanho bovino

Dados do Agronegócio Brasileiro Revelam Crescimento no Número de Aves e Rebanhos

De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingiu em 2024 uma marca histórica de 1,6 bilhão de aves de capoeira, representando um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior, o que equivale a 26,8 milhões de aves adicionais. Este dado faz parte da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2024, divulgada oficialmente pelo órgão.

O total de galinhas brasileiras experimentou um crescimento considerável, com quase 30 milhões de unidades a mais em apenas um ciclo anual. Entre os Estados, o Paraná liderou com 28,8% do efetivo nacional, totalizando 456 milhões de aves, uma valorização de 2,4% em relação a 2023. O estado de São Paulo possui 205 milhões de galinhas, crescimento de 3,0%, e representa 13% do total nacional. Já o Rio Grande do Sul tem uma produção de 155,2 milhões de aves, uma diminuição de 2,2%, mas ainda responsável por 9,8% do total geral.

Na divisão regional, a Região Sul concentra quase metade do plantel nacional, com 47,3% do efetivo, ou seja, 748,7 milhões de galináceos, enquanto o Sudeste registra uma expansão de 5,2% no número de aves, atingindo 376,5 milhões, o que constitui 23,8% do total do país.

O setor de aves para postura também revelou crescimento expressivo, com 277,5 milhões de galinhas ovoscópicas, um aumento de 6,8% na comparação com 2023. A Região Sudeste, responsável por 35,8% dessa produção, aumentou sua criação em 9,3%, atingindo 99,3 milhões de aves, enquanto o Sul possui 68,2 milhões, crescendo 4,8%.

O Estado de São Paulo mantém a liderança na produção de galinhas poedeiras, com 56,8 milhões de aves, crescimento de 4,6%. O Paraná conta com 27,9 milhões, um aumento de 2,7%, e o Rio Grande do Sul possui 22,3 milhões, incremento de 4,8%.

Quanto à produção de ovos, o Brasil atingiu um recorde de 5,4 bilhões de dúzias em 2024, registrando um avanço de 8,6% na comparação anual, com receita total de R$ 31,9 bilhões, crescimento de 4,9%. Cada dúzia foi vendida a uma média de R$ 5,89.

O Sudeste responde por 40,4% da produção nacional de ovos, com São Paulo sendo o maior produtor, contribuindo com 23,6% do total. Os cinco principais municípios produtores de aves e ovos foram Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos (SP), São Bento do Una (PE), Primavera do Leste (MT) e Beberibe (CE).

O rebanho bovino do Brasil, por sua vez, permaneceu relativamente estável, somando 238,2 milhões de cabeças em 2024, uma redução de 0,2% frente ao ano anterior. Apesar da diminuição, o número ainda supera a população de habitantes do país, estimada em 212,6 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, esse é o segundo maior valor da série histórica, superando o recorde de 2023.

O abate de bovinos também atingiu um recorde, com 39,7 milhões de cabeças abatidas. A atividade de corte de fêmeas atingiu níveis elevados, além de um aumento na proporção de novilhas abatidas, indicando uma forte atividade de frigoríficos. As exportações brasileiras de carne in natura também tiveram desempenho excepcional, crescendo 22,8%, com receita aumentada em 26,9%, impulsionada pelos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC.

Mato Grosso lidera a criação de gado, com 13,8% do rebanho, ou seja, 32,9 milhões de cabeças. Em seguida está o Pará, com 25,6 milhões, e Goiás, com 23,2 milhões, representando 10,7% e 9,7%, respectivamente. O município de São Félix do Xingu, no Pará, lidera a lista de cidades com maior efetivo, com 2,52 milhões de bovinos, seguido por Corumbá (MS) e Porto Velho (RO).

Na produção de leite, o Brasil produziu 35,7 bilhões de litros em 2024, um crescimento de 1,4% em comparação ao ano anterior, marcando um recorde na série histórica. Apesar do aumento na quantidade de leite, a quantidade de vacas ordenhadas caiu 2,8%, totalizando 15,1 milhões de animais. Minas Gerais destacou-se com produção de 9,8 bilhões de litros, seguida pelo Paraná (4,6 bilhões) e Rio Grande do Sul (4,0 bilhões).

O estado de Minas Gerais responde por 27,4% da produção nacional, enquanto o Paraná e o Rio Grande do Sul representam 12,9% e 11,3%, respectivamente. Entre os 5.482 municípios produtores, Castro (PR) lidera com 484,4 milhões de litros, seguido por Carambeí (PR) com 293,1 milhões e Patos de Minas (MG) com 226,9 milhões.

Por meio da diferença entre o total de leite produzido e o volume adquirido pelos laticínios inspecionados, o IBGE estima que cerca de 71% do leite de origem nacional passou por inspeção sanitária em 2024.

O rebanho de caprinos e ovinos também atingiu níveis recordes, somando 13,3 milhões de caprinos (alta de 3,1%) e 21,9 milhões de ovinos (crescimento de 0,3%). Na Região Nordeste, concentra-se a maior parte desses animais, com 96,3% dos caprinos e 73,5% dos ovinos. A Bahia mantém sua liderança na criação, com 31,6% do total de caprinos e 23,5% dos ovinos, seguida por Pernambuco.

Os principais municípios criadores de caprinos e ovinos também residem na Bahia e em Pernambuco, incluindo cidades como Casa Nova, Juazeiro, Floresta, Curaçá e Petrolina, consolidando a tradição na atividade de criação de pequenos ruminantes no país.