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Educação
19/09/2025 12:00:00

Diplomacia Multilateral destaca-se na cúpula mundial sobre nutrição infantil

Iniciativa global de alimentação escolar beneficia milhões de crianças e reforça cooperação entre países

Diplomacia Multilateral destaca-se na cúpula mundial sobre nutrição infantil

A segunda reunião da Coalizão pela Alimentação Escolar foi aberta nesta quinta-feira (18), em Fortaleza, pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que descreveu o encontro como "a maior aliança multilateral de nossos tempos".

Fundada em 2021, a coalizão tem como objetivo universalizar o acesso à alimentação para todas as crianças matriculadas em escolas ao redor do globo até 2030. Desde sua criação, 109 nações participaram do movimento, e em apenas quatro anos, programas de alimentação escolar já beneficiaram quase 80 milhões de crianças, de acordo com informações oficiais da própria coalizão.

Hoje, aproximadamente 466 milhões de jovens têm garantido o direito à alimentação nas instituições de ensino. Contudo, ainda há 724 milhões de estudantes que não possuem acesso a políticas de suporte nutricional nas escolas.

Embora os Estados Unidos integrem oficialmente a coalizão, seus representantes não participaram da reunião. Segundo Santana, o país foi convidado a participar, mas não enviou delegados.

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Outro destaque do evento foi a ênfase no multilateralismo como estratégia essencial para resolver questões globais. Thani Mohamed, ministro da Francofonia e Parcerias Internacionais da França, afirmou que "em meio à crise do multilateralismo e às mudanças climáticas, é fundamental fortalecer a união entre os países".

Ville Tavio, representante da Finlândia, que ocupa a pasta de Comércio Exterior e Desenvolvimento, também destacou a importância da cooperação internacional no combate à fome.

Tavio reforçou a evolução da coalizão, que começou com um pequeno grupo e atualmente conta com mais de 100 membros e 50 parceiros, demonstrando o potencial do multilateralismo.

"Incentivamos mais países a participarem. O mundo enfrenta crises severas, e a fome de crianças é uma tragédia que precisa ser enfrentada. A alimentação escolar pode ser uma ferramenta poderosa para transformar o cenário global", afirmou a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain, ex-embaixadora dos EUA para o Fundo para Alimentação e Agricultura da ONU.

Desde 2023, o Brasil divide a presidência da coalizão com a França e a Finlândia. A experiência brasileira, que assegura alimentação para mais de 40 milhões de estudantes, é considerada um exemplo de sucesso internacional.

Políticas que promovem o acesso à alimentação nas escolas são vistas como essenciais para reduzir a insegurança alimentar e diminuir a evasão escolar, contribuindo para um futuro mais justo e saudável.