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18/09/2025 12:00:00

Prevenção e Cuidados diante do Câncer de Pele Diagnosticado em Bolsonaro

Especialistas esclarecem os riscos, sinais e estratégias de proteção contra esse tipo de câncer

Prevenção e Cuidados diante do Câncer de Pele Diagnosticado em Bolsonaro

Na última quarta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro, aos 70 anos, recebeu o diagnóstico de um carcinoma de células escamosas classificado como 'in situ'. O procedimento de retirada de oito lesões cutâneas realizado dias anteriores revelou que duas delas apresentavam características compatíveis com câncer.

De acordo com o dermatologista José Jabur, líder do setor de cirurgia dermatológica e do método MOHS na Santa Casa de São Paulo, os principais fatores que aumentam as chances de desenvolver câncer de pele estão ligados às características pessoais e aos hábitos de exposição solar.

Entre eles, pele, olhos e cabelos claros, além de sardas e exposição excessiva ao sol. Para entender melhor os riscos e formas de prevenção, é importante destacar que o câncer de pele figura entre as formas mais comuns em todo o mundo.

Quando detectado precocemente, o tratamento costuma ser bem-sucedido e simples, geralmente envolvendo a remoção cirúrgica. Os tipos principais são divididos em melanomas e não-melanomas, sendo que os melanomas, mais agressivos, podem evoluir para metástases. No caso do ex-presidente, o câncer foi classificado na categoria de não-melanoma, que costuma apresentar um prognóstico mais favorável. José Jabur ressalta que fatores como o tipo de pele, sardas, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, além de histórico familiar, aumentam o risco de câncer de pele.

Esses fatores, entretanto, não podem ser modificados. O que pode ser controlado, segundo ele, é a exposição solar excessiva, seja de forma contínua ou ocasional. O oncologista Flávio Brandão, da Oncoclínicas, reforça que a exposição solar crônica é o principal fator de risco, sobretudo para quem possui pele clara, que oferece menor proteção natural contra os raios ultravioleta.

O dermatologista Rodrigo Goudart, da Clínica Nilo Estética Avançada, também alerta que o uso de sessões de bronzeamento artificial, o envelhecimento precoce e a imunossupressão são fatores adicionais que elevam o risco. Para se proteger contra o câncer de pele, especialistas indicam medidas preventivas essenciais.

Jabur enfatiza a importância da fotoproteção contínua, evitando queimaduras solares e exposições excessivas ao sol, além de recomendar a realização periódica de exames dermatológicos para detectar alterações de forma precoce. Flávio Brandão destaca a necessidade do uso diário de protetor solar, não apenas em dias de praia ou piscina, mas todos os dias, pois a exposição diária ao sol também é prejudicial. Para quem trabalha ao ar livre, o uso de roupas com proteção UV, consideradas Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), é altamente recomendado.

Rodrigo Goudart sugere aplicar protetor solar de amplo espectro com FPS 30 ou superior a cada duas horas, evitar exposição solar intensa entre 10h e 16h, além de usar chapéus, óculos de sol e roupas que cubram o corpo. Pessoas que expõem-se frequentemente ao sol devem seguir essas precauções com ainda maior rigor. Jabur reforça que avaliações dermatológicas periódicas são essenciais, especialmente para indivíduos com maior risco, para identificar e tratar qualquer lesão suspeita em fases iniciais.

O tratamento na maioria dos casos é realizado por meio de cirurgia, envolvendo a remoção do tumor, com altas chances de cura. O histórico familiar também desempenha um papel importante na vulnerabilidade ao câncer de pele.

Estudos indicam que parentes de primeiro grau que possuem melanoma têm risco aumentado, principalmente por herdarem uma pele mais clara e predisposta. Além disso, síndromes genéticas raras, como xeroderma pigmentoso e albinismo, elevam significativamente o risco de desenvolvimento dessa doença.

O procedimento mais comum para tratar o câncer de pele é a remoção cirúrgica do tumor. Jabur explica que, por ser um órgão externo, a pele demanda a retirada do câncer por meio de procedimentos cirúrgicos específicos, que variam de acordo com o tipo e a agressividade da neoplasia.