Na tarde desta quarta-feira (17), uma mulher suspeita de estar envolvida no homicídio do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi conduzida ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo.
Logo após, as autoridades solicitaram sua prisão temporária. A confirmação do envolvimento dela na ação veio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que revelou que ela estaria ligada ao crime, além de transportar um fuzil que foi utilizado na execução.
Uma carta de 2019, divulgada anteriormente, evidencia uma ordem do PCC para eliminar o ex-delegado. As forças de segurança continuam intensificando as investigações, buscando capturar todos os suspeitos. Testemunhas e familiares de dois indivíduos já identificados também foram ouvidos nesta quarta-feira.
Além disso, a polícia mantém o foco em outros dois suspeitos, cujo paradeiro ainda é desconhecido, com buscas em andamento e objetos apreendidos durante oito mandados de busca e apreensão, realizados na capital paulista e na Região Metropolitana, que aguardam análise pericial.
Leitura adicional: - Polícia descobre compartimento oculto em um Ford Ka contendo R$ 166 mil - Testemunhas liberadas após depor na delegacia sobre o ex-delegado assassinado - Família de um dos suspeitos é ouvida no DHPP O assassinato Ruy Ferraz Fontes, ex-diretor-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi morto a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista.
Imagens de câmeras de segurança, obtidas pela CNN, mostram criminosos armados com fuzis durante o ataque. Relatos indicam que, ao tentar escapar, o veículo da vítima foi atingido por um ônibus, capotando logo depois. Os suspeitos então se aproximaram e efetuaram os disparos, fugindo do local após a ação.
A Polícia Civil confirmou que Fontes não resistiu aos ferimentos. Ele atualmente ocupava o cargo de secretário de Administração na prefeitura de Praia Grande e tinha um histórico de combate às organizações criminosas, especialmente o PCC (Primeiro Comando da Capital). Sua atuação contra o grupo tornou-se uma das razões principais para o ataque.
Linhas de investigação O DHPP, com o apoio do Deic, está conduzindo de três a quatro linhas de investigação simultâneas. Uma das principais é a vingança de facções criminosas, especialmente o PCC. Fontes foi responsável por mapear a estrutura do PCC na década de 2000. Uma hipótese é que o assassinato tenha sido ordenado pela 'Sintonia Restrita', um grupo de pistoleiros ligado ao PCC.
Outra linha investigativa envolve possíveis conexões do crime com o trabalho de Ruy Fontes na Prefeitura de Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração. A polícia informou que muitas informações foram recebidas na madrugada após o crime e estão sendo verificadas.