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Acidente
17/09/2025 21:00:00

Operação Federal revela mansão de luxo e adega sofisticada de líder de rede ilegal em AL

Esquema criminoso movimentou mais de R$ 1,5 bilhão ao fraudar licenças ambientais e explorar minas de ferro em Minas Gerais

Operação Federal revela mansão de luxo e adega sofisticada de líder de rede ilegal em AL

Na manhã desta quarta-feira, uma ação conjunta da Polícia Federal resultou na prisão de diversos indivíduos, incluindo empresários, funcionários públicos e ex-funcionários federais, envolvidos em um esquema de mineração clandestina avaliado em mais de R$ 1,5 bilhão, com atividades concentradas em Minas Gerais.

Entre os detidos está Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da organização criminosa. Ele é proprietário de uma mansão em Alagoas, na qual funcionava uma adega de vinhos de luxo, destaque na edição do Bom Dia Brasil. A propriedade foi alvo de uma operação que revelou uma instalação de alto padrão, com um estoque de bebidas sofisticadas. As investigações apontam que o grupo explorava minas de ferro em áreas protegidas, como a Serra do Curral, em Belo Horizonte, movimentando recursos ilícitos superiores a R$ 1,5 bilhão.

Além das prisões, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva em Alagoas e outros três de busca e apreensão. A ação da Polícia Federal também resultou na emissão de 22 ordens de prisão temporária e 79 mandados de busca e apreensão em vários estados, incluindo Minas Gerais. Além disso, houve o bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão.

A investigação revelou a formação de um conglomerado com mais de 40 empresas, tendo como principal a holding Minerar S/A, que facilitava a realização de fraudes ambientais mediante o pagamento de propinas.

Em conjunto, o grupo operava de forma ilícita, movimentando grandes volumes de dinheiro por meio de negócios ilegais. Foram detidos também Caio Mário Seabra, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), e Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Teixeira exercia esse cargo até o fim do ano passado.

As ações de investigação começaram em 2020 e envolvem acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência. Serviços de inteligência identificaram que servidores de órgãos como ANM, Iphan, Feam e IEF recebiam pagamentos mensais para favorecer os interesses da quadrilha. Até o momento, 14 pessoas foram presas, incluindo os principais operadores do esquema criminoso. As autoridades continuam as diligências na tentativa de desmantelar totalmente a rede e responsabilizar todos os envolvidos.