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Acidente
17/09/2025 14:00:00

Sismicidade local: moradores de BH e regiões próximas relatam abalos e tremores

Fenômeno incomum causa surpresa na Grande Belo Horizonte, com relatos de abalos menores em várias cidades

Sismicidade local: moradores de BH e regiões próximas relatam abalos e tremores

Moradores de Belo Horizonte e áreas metropolitanas relataram a ocorrência de tremores terrestres nas noites de terça-feira (16/9) e início da madrugada de quarta-feira (17/9). Os relatos abrangem bairros como Pampulha, além de cidades como Betim, Contagem, Esmeraldas e Ribeirão das Neves. Segundo a organização Brazil Earthquakes, que monitora atividades sísmicas na região, foram detectados movimentos também em Juatuba, Ibirité, Pedro Leopoldo, Capim Branco, Matozinhos, São Joaquim de Bicas, Mário Campos e outras localidades.

A intensidade dos abalos foi avaliada entre 2,8 e 3,2 na escala Richter. Em Ribeirão das Neves, uma moradora relatou nas redes sociais: "Achei que fosse trovão, tremeu bastante!". Outro residente do bairro San Marino comentou que ouviu um som alto, enquanto um morador do bairro Viena, na região de Justinópolis, descreveu um ruído estranho acompanhado de uma trepidação considerável nas janelas. Devido à sua raridade, o fenômeno gerou surpresa na comunidade. Uma mulher contou que seu marido inicialmente pensou que fosse o som de um carro, enquanto outra atribuiu o barulho ao volume do som do vizinho.

Até o momento, nenhum registro oficial foi feito pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Os Bombeiros informaram que, até as 23h de terça-feira, nenhuma ocorrência relacionada a tremores havia sido registrada na região. A Defesa Civil de Minas Gerais foi contactada para esclarecimentos, mas ainda aguarda retorno.

A Secretaria de Defesa Civil de Belo Horizonte confirmou que não houve acionamentos ou notificações relacionadas aos tremores na capital. Nos registros das últimas semanas, o estado de Minas Gerais acumulou seis ocorrências sísmicas, conforme dados da RSBR e do centro de sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Os eventos ocorreram nas seguintes localidades e datas: 1º de agosto, em Planura (Triângulo Mineiro), com magnitude 2,2 mR; 15 de agosto, em Araçuaí (Vale do Jequitinhonha), com 1,9 mR; 23 de agosto, em Sete Lagoas (Região Central), com 1,9 mR; 24 de agosto, também em Sete Lagoas, com 2,5 mR; 25 de agosto, em Pirajuba (Triângulo Mineiro), com 2,8 mR; e 26 de agosto, em Frutal (Triângulo), com 2,3 mR. Segundo Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP e da RSBR, tremores de baixa intensidade são frequentes em Minas Gerais, um dos estados com maior número de registros de abalos sísmicos naturais.

Ele explica que esses movimentos geralmente resultam de pressões geológicas que atuam na crosta terrestre. O tremor percebido na Grande BH, por sua vez, foi de pequena magnitude, classificando-se na faixa inferior da escala Richter, de acordo com dados da Michigan Tech University. Nessa classificação, o impacto costuma ser mínimo, causando apenas pequenos danos em algumas estruturas.

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Pode causar danos leves a edifícios e estruturas; - De 6,1 a 6,9: Provoca danos consideráveis em áreas densamente povoadas; - Entre 7,0 e 7,9: Um grande abalo que causa prejuízos severos; - Acima de 8,0: Um terremoto de magnitude extrema, com potencial de devastar comunidades próximas ao epicentro. Apesar do susto, o ocorrido na região de Belo Horizonte foi de baixa intensidade, e as autoridades locais continuam monitorando a situação para garantir a segurança dos residentes.