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17/09/2025 12:00:00

Reconhecendo os Desafios da Demência e da Inclusão: Datas que Fortalecem Direitos e Dignidade

21 de setembro: um dia de reflexão sobre Alzheimer e o reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência no Brasil

Reconhecendo os Desafios da Demência e da Inclusão: Datas que Fortalecem Direitos e Dignidade

No dia 21 de setembro, o Brasil marca duas ocasiões de grande significado social: o Dia de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Combate às Barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência (PCDs).

Apesar de abordagens distintas, ambos os eventos convergem na necessidade de promover respeito, dignidade e igualdade de acesso a direitos fundamentais para grupos que enfrentam vulnerabilidades que, embora históricas, continuam a aumentar. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 1,2 milhão de brasileiros convivem com Alzheimer ou outras formas de demência, com aproximadamente 100 mil novos diagnósticos a cada ano.

A incidência é especialmente elevada entre idosos, onde 8,5% da população com mais de 60 anos sofre de algum tipo de demência, o que pode alcançar quase 6 milhões de pessoas até 2050. Essa doença traz desafios que transcendem o âmbito da saúde, envolvendo questões sociais e jurídicas, como a necessidade de curatela e o apoio a cuidadores, frequentemente sobrecarregados emocional, física e financeiramente.

Para André Naves, advogado e representante da Defensoria Pública Federal, a questão do Alzheimer deve ser encarada como uma responsabilidade coletiva de saúde pública e responsabilidade social. "É essencial que sociedade e governos tenham uma postura de empatia e responsabilidade ao tratar de pacientes com Alzheimer. O diagnóstico não é apenas uma preocupação médica, mas um problema que impacta toda a estrutura familiar, requerendo políticas públicas que assegurem acesso a tratamentos e ofereçam suporte legal para garantir os direitos desses cidadãos", explica.

A data também reforça o compromisso contínuo com a inclusão social. O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, criado pela Lei nº 11.133/2005, incentiva debates sobre o combate ao capacitismo e a importância de criar condições reais de acessibilidade e participação social. Conforme o Censo 2022 do IBGE, a população com deficiência no país soma 14,4 milhões de pessoas, o que representa 7,3% do total nacional.

Entre aqueles com mais de 70 anos, este percentual sobe para 27,5%. Apesar de avanços legais, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), muitos obstáculos permanecem. É fundamental promover uma mudança cultural e ampliar políticas públicas para que acessibilidade no ensino, mercado de trabalho e ambientes urbanos seja uma realidade cotidiana. Naves destaca que a luta pelas PCDs é contínua e demanda mobilização em todas as instâncias sociais. "A batalha diária por acessibilidade universal, inclusão na educação e participação no mercado de trabalho é uma jornada que requer o compromisso de todos.

Embora a legislação brasileira tenha evoluído, sua implementação depende de ações concretas e de uma mudança de mentalidade", ressalta. Ao associar essas duas causas em uma única data, o dia 21 de setembro torna-se um momento de reflexão coletiva. Mais do que meras datas comemorativas, são convites à ação e ao compromisso social: cuidar com humanidade dos idosos com Alzheimer e assegurar que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados e suas potencialidades reconhecidas.

"Seja na assistência aos idosos que convivem com Alzheimer ou na garantia de direitos das pessoas com deficiência, a nossa missão enquanto sociedade é construir pontes e eliminar obstáculos. É assegurar que ninguém seja deixado para trás", conclui André Naves. Para conhecer mais sobre o trabalho de André Naves, acesse seu site andrenaves.com ou siga suas redes sociais: andrenaves.def.