Na madrugada de sexta-feira (12), as forças de segurança brasileira efetuaram a prisão de oito indivíduos ligados a uma organização criminosa especializada em ataques virtuais contra o sistema financeiro nacional.
O grupo é suspeito de realizar golpes que, até o momento, totalizam aproximadamente R$ 1,2 bilhão em prejuízos. Durante a operação, os agentes localizaram os suspeitos em São Paulo, enquanto eles tentavam invadir o sistema da Caixa Econômica Federal com o intuito de desviar recursos por meio do método PIX.
Os criminosos estavam utilizando uma estação de trabalho da própria instituição financeira, que havia sido roubada, permitindo acesso a senhas e ao sistema de pagamento instantâneo. Com esse equipamento, eles planejavam realizar transferências ilegais, desviando fundos de forma ilícita. A ação policial foi confirmada em audiência de custódia pela Justiça Federal, que posteriormente decretou a prisão preventiva dos envolvidos. A quadrilha possuía idades variadas, entre 22 e 46 anos.
A captura ocorreu na cidade de São Paulo, na manhã de sexta-feira, quando os policiais chegaram ao local onde o grupo se reunia e verificaram que a invasão já estava em andamento. No imóvel, foi localizada uma estação de trabalho roubada da Caixa, que facilitava o acesso privilegiado ao sistema interno da instituição.
Segundo investigações, o grupo tentava acessar indevidamente contas do Arranjo de Pagamento Instantâneo (PIX), uma plataforma gerenciada pelo Banco Central em parceria com instituições financeiras, com a finalidade de transferir dinheiro ilegalmente. Além disso, há indícios de que eles participaram de dois outros ataques de grande escala.
O primeiro ocorreu em junho, contra o Banco de Minas Gerais (BMP), resultando em um prejuízo estimado de R$ 800 milhões. O segundo foi uma invasão recente a uma plataforma tecnológica vinculada ao PIX, que causou um desvio de cerca de R$ 400 milhões. Assim, os ataques somam prejuízos superiores a R$ 1,2 bilhão ao sistema financeiro nacional.
As investigações continuam em andamento para identificar outros possíveis integrantes da quadrilha, assim como para determinar se há relação com pessoas vinculadas a instituições financeiras. A Polícia Federal mantém o esforço de rastreamento de eventuais cúmplices e de apuração de todas as ações criminosas relacionadas ao grupo.