20/09/2025 22:36:25

Acidente
15/09/2025 22:00:00

Ex-presidente Bolsonaro recebe alta hospitalar após tratamento por anemia e pneumonia residual

Procedimento cirúrgico em lesões cutâneas foi realizado sob anestesia local e sem complicações, informa hospital de Brasília

Ex-presidente Bolsonaro recebe alta hospitalar após tratamento por anemia e pneumonia residual

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi liberado do hospital após passar por exames na unidade de Brasília neste domingo (14).

O procedimento visou tratar lesões na pele, e o boletim médico divulgado pelo DF Star revelou que o político apresentava anemia causada por deficiência de ferro, além de uma pneumonia residual, decorrente de broncoaspiração recente.

O ex-chefe do Executivo chegou à instituição às 8h, onde realizou avaliações laboratoriais e exames de imagem para diagnóstico. Os resultados confirmaram o quadro de anemia por falta de ferro e uma pneumonia residual, que ainda apresentava sinais de uma broncoaspiração anterior. Além dessas intervenções, Bolsonaro passou por uma cirurgia para remover lesões cutâneas.

Segundo o hospital, a operação foi feita sob anestesia local combinada com sedação, sem que houvesse qualquer problema durante o procedimento. "Foi feita a remoção marginal de oito lesões de pele, localizadas no tronco e no braço direito.

Também foi administrada reposição de ferro por via intravenosa. Nos próximos dias, o resultado do exame histopatológico das lesões será divulgado para determinar o diagnóstico e avaliar se há necessidade de tratamentos adicionais", detalhou o hospital em comunicado enviado à Band. Após a alta, Bolsonaro continuará com o tratamento para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e adotará medidas preventivas contra broncoaspiração.

A autorização para realização do procedimento foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 10 de setembro. O magistrado atendeu a uma solicitação da defesa do ex-presidente, que anexou um relatório médico recomendando o procedimento na mesma semana. De acordo com o documento, Bolsonaro poderia realizar o procedimento no Hospital DF Star, em Brasília, e receber alta no mesmo dia. Moraes determinou que o político fosse acompanhado por escolta policial da Polícia Penal do Distrito Federal durante o deslocamento.

A decisão também exige que a defesa apresente, em até 48 horas após o procedimento, o atestado de comparecimento ao hospital com informações sobre data e horário dos atendimentos. Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a uma pena de 27 anos e três meses de prisão, por envolvimento em ações golpistas. Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente está sob prisão domiciliar, com restrições quanto às visitas em sua residência, que também é monitorada por tornozeleira eletrônica.

Essa medida foi imposta após o ministro Moraes entender que Bolsonaro usou redes sociais de seus filhos para driblar a proibição de uso de redes, inclusive por terceiros. O mandado restritivo faz parte de investigações relacionadas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que é investigado por suposta coordenação com o ex-presidente Donald Trump, visando retaliar o governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal.

Em março, Eduardo solicitou licença do mandato parlamentar e se mudou para os Estados Unidos alegando perseguição política. As investigações também incluem a suposta transferência de recursos via Pix para custear a estadia de Eduardo no exterior. Bolsonaro é réu em uma ação penal relacionada às tentativas de golpe e também responde a processos no STF, cujo julgamento está previsto para ser concluído nesta sexta-feira (12).