Bolsonaro é encaminhado a hospital em Brasília para procedimento médico sob escolta policial

Na manhã deste domingo (14), Jair Bolsonaro, ex-chefe do Executivo, foi levado a uma unidade de saúde na capital federal para realizar um procedimento clínico. A saída de sua residência contou com a escolta de agentes da Polícia Federal, já que ele permanece sob prisão domiciliar.

A decisão para que Bolsonaro pudesse passar pelo procedimento foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira (10). A solicitação partiu da equipe de defesa do ex-presidente e foi atendida pelo magistrado, que assinou a autorização após análise do pedido.

Os advogados de Bolsonaro anexaram ao requerimento um laudo médico que indicava a necessidade de um procedimento na área cutânea, com alta programada para o mesmo dia. Moraes destacou na sentença que, conforme o artigo 21 do regimento do tribunal, o deslocamento de Bolsonaro deveria ocorrer sob escolta policial do Departamento de Polícia do Distrito Federal, direcionada para o Hospital DF Star, localizado em Brasília.

Além disso, o magistrado determinou que a defesa de Bolsonaro deveria apresentar, em até 48 horas após o procedimento, um atestado comprovando a realização do procedimento, incluindo detalhes de hora e data. A movimentação aconteceu poucos dias após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro a uma pena de 27 anos e três meses de prisão por envolvimento em ações golpistas, por maioria de 4 votos a 1.

Desde 4 de agosto, Moraes também decretou a prisão domiciliar do ex-presidente, permitindo visitas restritas à sua residência e monitoramento por tornozeleira eletrônica. A medida foi tomada após o ministro entender que Bolsonaro utilizou as redes sociais gerenciadas por seus filhos para burlar uma proibição de uso da internet, inclusive por terceiros.

A investigação que levou às medidas cautelares envolve também o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que está sendo investigado por supostamente colaborar com o governo do ex-presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, com o objetivo de retaliar o governo brasileiro e ministros do STF. Em março, Eduardo solicitou licença do mandato parlamentar e mudou-se para os Estados Unidos sob alegação de perseguição política. Além disso, há apuração sobre o envio de recursos via Pix por Bolsonaro para custear a estada de seu filho no exterior.