Aumento de Casos de Conjuntivite nas UPAs de Maceió Alerta para Precauções

As unidades de atendimento emergencial Benedito Bentes e Santa Lúcia, localizadas em Maceió, estão enfrentando uma elevação significativa no número de pacientes diagnosticados com conjuntivite.

Essa condição, que provoca vermelhidão, coceira, sensação de queimação e secreção ocular, tem gerado preocupação quanto à necessidade de reforçar medidas preventivas e de tratamento. Entre 1º de janeiro e 31 de agosto deste ano, ambas as unidades, administradas pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) com suporte da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, totalizaram 904 casos de conjuntivite.

Desse total, 325 foram atendidos na UPA Benedito Bentes e 579 na UPA Santa Lúcia. Para comparação, no mesmo período de 2024, esses centros somaram 300 atendimentos, sendo 109 na primeira e 191 na segunda. Os dados revelam um crescimento preocupante, atingindo 198,17% na UPA Benedito Bentes e 203,14% na Santa Lúcia neste ano. Júlio César, diretor-geral da UPA Benedito Bentes, comentou sobre o aumento:

“O número de atendimentos relacionados à conjuntivite cresceu bastante em nossa unidade, até nos assustamos ao verificar os números. Isso indica que a transmissão está se acelerando, por isso é fundamental que a população redobre os cuidados”. Segundo o Ministério da Saúde, a conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, uma membrana fina e transparente que cobre a parte branca do olho e as pálpebras internas.

Geralmente, acomete ambos os olhos, podendo durar de 7 a 15 dias, com poucas chances de deixar sequelas. A condição pode ser de origem viral ou bacteriana, afetando um ou os dois olhos. Sintomas comuns incluem olhos vermelhos, lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, coceira e secreção amarelada.

A maioria dos episódios tende a melhorar em até 10 dias, mas é recomendado procurar atendimento médico se ocorrer dor intensa, visão turva ou agravamento dos sintomas. O tratamento varia conforme a causa. Para conjuntivite viral, não há medicamentos específicos; já a bacteriana geralmente requer o uso de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico para evitar complicações ou agravamento do quadro.

Além disso, cuidados básicos de higiene, como lavar os olhos e aplicar compressas com água gelada filtrada ou fervida, ou soro fisiológico comprado em farmácias, ajudam a controlar a transmissão e a evolução da doença.