Órgãos doados no HGE prometem nova chance de vida a cinco pessoas

Em uma ação realizada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, no dia 5 de setembro de 2025, rins, córneas e fígado foram coletados, proporcionando a oportunidade de salvar cinco vidas que aguardam por transplantes.

O doador, um homem de 55 anos, foi declarado com morte encefálica após ter sofrido ferimentos causados por uma arma de fogo. Desde sua chegada ao hospital, as equipes médicas se empenharam em tentar estabilizar sua condição, mas os esforços não foram suficientes para reverter a gravidade do quadro. Após o diagnóstico de morte encefálica, a família optou pela doação dos órgãos, acreditando que essa era a vontade do falecido.

"Decidimos pela doação, pois sabemos o quão vital é o transplante de órgãos. Muitas vidas dependem dessa generosidade, e meu irmão sempre foi uma pessoa disposta a ajudar. Tenho certeza de que ele escolheria esse caminho se pudesse expressar sua vontade", declarou Márcia Ferreira, irmã do doador.

Atualmente, a Central de Transplantes de Alagoas informa que 594 pessoas continuam à espera de um transplante, sendo 563 à espera de córneas, 23 de rins, quatro de fígado e quatro de coração. Todos estão registrados no Sistema Nacional de Transplantes, gerido pelo Ministério da Saúde, que supervisiona e regulamenta os procedimentos de transplante de órgãos, tecidos e células em todo o Brasil.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, expressou gratidão à família do doador: "Agradecemos por este ato altruísta. É fundamental que conversemos sobre a importância da doação de órgãos com nossos familiares, para que possamos continuar a transformar a realidade de muitas famílias".

É importante destacar que o Estado implementa o Programa Alagoas Transplanta, que utiliza as instalações do Hospital do Coração Alagoano para realizar transplantes de coração, rim e fígado. Essa iniciativa visa otimizar os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo à população um acesso mais rápido e eficaz aos serviços de transplante, que não apenas salvam vidas, mas também aliviam a angústia daqueles que aguardam por um órgão compatível.

"Concordar com a doação dos órgãos do meu pai nos proporcionou conforto e esperança, pois sabemos que uma parte dele continuará a viver e a beneficiar outras pessoas. Essas pessoas terão uma melhor qualidade de vida e, para nós, é reconfortante saber que, mesmo após sua morte, ele está realizando seu desejo de ajudar alguém", finalizou Tacila de Melo, filha do doador.