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Acidente
07/09/2025 04:00:00

Destruição em Gaza: Novo Edifício Alvo de Bombardeio Israelense

Militares de Israel Intensificam Ataques em Meio à Crise Humanitária

Destruição em Gaza: Novo Edifício Alvo de Bombardeio Israelense

Neste sábado, 6 de setembro de 2025, um edifício residencial foi arrasado pelo Exército israelense na Cidade de Gaza, após a ordem de evacuação de diversas áreas e a declaração de uma "zona humanitária" no sul do território. Conforme dados da ONU, aproximadamente 1 milhão de indivíduos ainda se encontram na localidade.

O correspondente da RFI em Jerusalém, Michel Paul, relatou que a torre Soussi, atacada, estava situada na mesma região que a torre Rouya, outro alvo militar. O ministro da Defesa, Israel Katz, publicou em suas redes sociais um vídeo do colapso do prédio de cerca de quinze andares, afirmando: "Iremos prosseguir".

Na sexta-feira, 5 de setembro, o Exército israelense havia previamente alertado sobre a intenção de bombardear "infraestruturas terroristas" na Cidade de Gaza, acusando o Hamas de utilizar as torres em suas operações. Os militares afirmam que detêm o controle de cerca de 75% da Faixa de Gaza e 40% da Cidade de Gaza, com o objetivo de dominar totalmente a região para desmantelar o Hamas e libertar os reféns mantidos pelo grupo.

O porta-voz em árabe do Exército israelense havia solicitado que os residentes se deslocassem para a nova zona humanitária, localizada na região de Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza. Essa pequena área, com algumas dezenas de quilômetros quadrados em Al Mawassi, deveria incluir hospitais de campanha, sistemas de abastecimento de água, instalações de dessalinização, além de suprimentos de alimentos e medicamentos.

No entanto, moradores de Gaza, como o pesquisador Mustafa Ibrahim, em entrevista ao jornal Haaretz, afirmaram que não existe "um único metro quadrado de espaço livre" na região, descrevendo uma situação de superlotação extrema em meio aos conflitos.

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, classificou como completamente absurda a proposta de um deslocamento "voluntário" dos palestinos, como sugerido por Israel e pelos Estados Unidos. "Se há uma fome criada pelo homem em Gaza, é para forçar os habitantes a abandonarem suas terras. É ridículo afirmar que se trata de um deslocamento voluntário", declarou Badr em uma coletiva de imprensa ao lado do comissário-geral da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sustentou que os residentes de Gaza deveriam ter liberdade para deixar o enclave palestino "voluntariamente", sugerindo que outros países os acolhessem. Os assessores de Netanyahu esclareceram que ele se referia ao direito fundamental de cada pessoa de escolher onde viver, especialmente em tempos de conflito.

Na sexta-feira, Badr Abdelatty também discutiu com o enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, sobre os esforços diplomáticos relacionados à recente proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos, atribuindo a "intransigência" de Israel ao fracasso da iniciativa até o presente momento.