No decorrer de um depoimento realizado em junho, no contexto da investigação sobre a suposta tentativa de golpe, o tenente-coronel Mauro Cid fez uma declaração que rapidamente repercutiu nas redes sociais, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante o interrogatório, quando questionado pelo advogado Celso Vilardi, defensor de Bolsonaro, se o ex-presidente teria estimulado manifestações nas proximidades de quartéis do Exército, Cid negou a afirmação e compartilhou uma frase que teria escutado do ex-líder.
Em suas palavras, Cid destacou: 'Quando esses grupos conservadores se aproximavam do presidente, ele respondia: ‘Não fui eu quem os convidei, não sou eu que vou mandá-los embora.'”
O militar, que também é réu neste processo, está entre os oito indivíduos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte do que é considerado o núcleo central da ação. Além de Cid, Bolsonaro e outros aliados próximos são citados como integrantes do grupo acusado de arquitetar a ruptura institucional.
A afirmação de Cid está sendo utilizada pelos advogados de defesa de Bolsonaro como um argumento para sustentar que o ex-presidente não teria convocado ou ordenado manifestações nas cercanias de instalações militares.
Com a supervisão do ministro Alexandre de Moraes, o julgamento de Bolsonaro parece já ter um desfecho definido, traçando uma realidade sombria e alarmante.