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O Google, sob a gestão da Alphabet, recebeu uma penalidade de 2,95 bilhões de euros (aproximadamente US$ 3,45 bilhões) imposta pela União Europeia (UE) nesta sexta-feira, 5 de setembro de 2025. Este montante é considerado uma das maiores multas já estabelecidas pelo bloco e resulta de investigações sobre práticas prejudiciais à concorrência no setor de anúncios digitais.
De acordo com a Comissão Europeia, a empresa favoreceu seus próprios serviços de tecnologia publicitária, em especial a plataforma AdX, em detrimento de seus concorrentes, além de aplicar taxas elevadas. A investigação concluiu que o Google tem abusado de sua posição dominante desde o ano de 2014.
Esta é a quarta sanção imposta ao Google em um intervalo inferior a dez anos. O histórico de penalidades da companhia inclui uma multa recorde de 4,3 bilhões de euros em 2018, além de outras de 2,42 bilhões em 2017 e 1,49 bilhão em 2019.
O Google anunciou sua intenção de recorrer da decisão. Lee-Anne Mulholland, vice-presidente global de assuntos regulatórios, declarou: "A decisão da Comissão Europeia é equivocada e impõe mudanças que afetarão negativamente milhares de empresas na Europa".
A Comissão Europeia também determinou que o Google cesse suas práticas de autopreferência e, em um prazo de até 60 dias, deve apresentar um plano para corrigir os conflitos de interesse identificados. A empresa terá mais 30 dias para implementar as devidas medidas. A comissária antitruste, Teresa Ribera, alertou que, caso não sejam apresentadas soluções eficazes, poderá ser exigida até mesmo a venda de ativos do conglomerado.
No cenário político dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump descreveu a ação como "injusta" e sugeriu possíveis retaliações comerciais contra a União Europeia.
