Na terça-feira, dia 2 de setembro de 2025, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal dá início à avaliação de uma ação que investiga um alegado plano de golpe de Estado que teria ocorrido em 2022.
O comandante do Exército, General Tomás Paiva, é alvo de cobranças em um grupo de WhatsApp composto por generais da reserva, que exigem que ele se posicione em defesa dos militares envolvidos no julgamento do STF sobre a suposta trama golpista.
Uma mensagem que circula entre os generais destaca: "O Exército sofrerá consequências com este julgamento sem precedentes. Os réus são todos generais que prestaram valiosos serviços ao Brasil como ministros de Estado. Eles são amplamente respeitados e admirados por seus subordinados. Uma possível condenação será extremamente mal vista. Vale lembrar que, na História do Brasil, nunca se viu uma condenação de oficiais generais em posições tão elevadas. Acredito que para mitigar os danos, é essencial que haja uma declaração pessoal do comandante do Exército", de acordo com o texto que foi compartilhado e obtido pela CNN.
Os generais que fazem parte deste grupo são considerados por seus colegas membros da ala moderada e legalista das Forças Armadas. Eles expressaram apoio à mensagem, considerando o julgamento tendencioso e direcionado, o que justifica suas exigências a Tomás Paiva para que ele defenda os militares implicados.
A mensagem ressalta: "Devido à sua posição elevada, ele é a única figura capaz de falar em nome das Forças Armadas, representando o peso institucional e político do Exército".
Além disso, sugere que sua declaração deve abordar o prestígio e a qualificação dos oficiais generais réus, bem como o impacto negativo que uma eventual condenação teria na instituição.
A referência se concentra especialmente nos generais Braga Neto e Augusto Heleno, ambos réus no julgamento, que foram ministros de Estado durante o governo Bolsonaro e ocuparam posições de destaque ao longo de suas carreiras militares.