Pneumonia em idosos: causas, riscos e formas de prevenção

A pneumonia em pessoas idosas é uma condição de grande preocupação e representa a quinta principal causa de morte no Brasil nessa faixa etária. Trata-se de uma infecção que atinge os pulmões e pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos, sendo mais perigosa para quem tem mais de 65 anos ou apresenta doenças crônicas, como diabetes e problemas cardíacos.

O Streptococcus pneumoniae é responsável por cerca de 60% dos casos. A infecção compromete os alvéolos pulmonares, responsáveis pela troca de oxigênio no corpo, que podem ficar cheios de pus ou líquido, dificultando a respiração e gerando sintomas como febre, tosse, dor no peito e cansaço.

Entre os fatores que aumentam a vulnerabilidade estão o envelhecimento do sistema imunológico, histórico de tabagismo, contato com poluentes e doenças crônicas como DPOC, insuficiência cardíaca e diabetes. Além das bactérias, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR) também podem causar pneumonia em idosos. O VSR, geralmente associado a infecções em crianças, pode gerar complicações graves em pessoas mais velhas, especialmente imunossuprimidas.

As complicações da doença podem incluir abscessos pulmonares, empiema (infecção na cavidade torácica) e até pericardite, que é a inflamação do revestimento do coração. A pneumonia pneumocócica é considerada uma das formas mais graves e pode ser fatal em aproximadamente 1 em cada 20 casos.

A prevenção é fundamental e a vacinação tem papel central nesse processo. Três imunizações são especialmente importantes: a vacina contra a gripe, que deve ser renovada anualmente; as vacinas pneumocócicas, que protegem contra diferentes tipos de bactérias causadoras da pneumonia; e a vacina contra o VSR, indicada devido ao risco elevado de complicações graves.

Além das vacinas, medidas simples de higiene e cuidados diários ajudam a reduzir os riscos. Lavar as mãos regularmente, manter os ambientes ventilados, evitar contato direto ao tossir ou espirrar e não compartilhar objetos pessoais são práticas eficazes para proteger os idosos dessa infecção que pode ter consequências sérias.