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Acidente
03/09/2025 12:00:00

União Brasil e PP se afastam do governo Lula e propõem anistia a Bolsonaro

Filiados da federação têm um mês para deixar seus cargos, mas ministros indicados por Davi Alcolumbre permanecem

União Brasil e PP se afastam do governo Lula e propõem anistia a Bolsonaro

Em uma decisão tomada nesta terça-feira (2), os líderes do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, determinaram que todos os integrantes da federação União Progressista se afastarão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa ação resulta na saída dos ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), que terão um prazo de 30 dias para deixar os respectivos cargos.

Essa decisão, confirmada por seis lideranças partidárias, é anunciada no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento de Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em uma suposta conspiração golpista.

A federação também revelou que passará a apoiar um projeto de anistia para Bolsonaro e outros que participaram dos eventos de 8 de janeiro de 2023, embora a proposta mantenha a inelegibilidade do ex-presidente. O comunicado formal foi feito após uma reunião entre os presidentes dos partidos, Antonio Rueda e Ciro Nogueira.

No entanto, a saída não será total, pois os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), indicados por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), continuarão no governo, assim como Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, que foi indicado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.

Essa decisão acontece uma semana após Lula ter solicitado publicamente lealdade dos ministros do centrão em uma reunião ministerial, onde afirmou não ter "pretensão de ser amigo" de Rueda e recordou o passado de Ciro Nogueira como ministro de Bolsonaro. Essas declarações causaram desconforto e aceleraram uma decisão que já estava sendo pressionada internamente pelos partidos.

Esse movimento enfraquece a base governista no Congresso, reduzindo o número oficial de deputados a 259, apenas dois a mais do que o necessário para aprovações. Tanto o União Brasil quanto o PP têm trabalhado intensamente em prol da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para as eleições presidenciais de 2026.