No julgamento, os ministros decidirão se condenam ou absolvem os réus e, em caso de condenação, definirão a pena. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a sessão com a leitura de seu relatório, reunindo as provas apresentadas durante a investigação.
Os réus do núcleo 1 são: Jair Bolsonaro, ex-presidente; Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice em 2022; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin; Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-chefe do GSI; e Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.
A Primeira Turma será composta pelos seguintes ministros:
Cristiano Zanin – Presidente da turma, nasceu em Piracicaba (SP) e se formou em Direito pela PUC-SP. Especialista em litígios estratégicos, atuou como advogado de 2000 a 2023, antes de ser nomeado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alexandre de Moraes – Natural de São Paulo (SP), é graduado e doutor em Direito do Estado pela USP. Foi promotor de Justiça, secretário de Justiça e de Segurança Pública em São Paulo, além de ministro da Justiça e Segurança Pública. Foi indicado ao Supremo em 2017 pelo então presidente Michel Temer.
Cármen Lúcia – Nascida em Montes Claros (MG), formou-se em Direito pela PUC-MG e tem mestrado em Direito Constitucional pela UFMG. Atuou como procuradora do Estado de Minas Gerais e professora universitária. Foi nomeada ao STF em 2006 pelo presidente Lula.
Flávio Dino – Natural de São Luís (MA), graduou-se em Direito pela UFMA e obteve mestrado pela UFPE. Já foi juiz federal, deputado, governador do Maranhão, senador e ministro da Justiça. Foi indicado ao Supremo em 2024 pelo presidente Lula.
Luiz Fux – Carioca, é formado em Direito pela UERJ. Atuou como advogado, promotor, juiz e desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi nomeado ao STF em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff.
Esse colegiado terá a responsabilidade de decidir o destino dos oito acusados no processo que apura a tentativa de golpe de 2022.