09/12/2025 19:21:08

Acidente
26/08/2025 22:00:00

EUA Reforçam Presença Militar nas Caraíbas com Submarinos e Fuzileiros Navais

Operação visa combater o tráfico de drogas e monitorar atividades ilegais na região

EUA Reforçam Presença Militar nas Caraíbas com Submarinos e Fuzileiros Navais

Os Estados Unidos intensificaram sua presença militar no sul do Mar do Caribe, enviando navios de guerra, submarinos e um contingente de 4.000 soldados fuzileiros navais para a região em um esforço para combater o tráfico de drogas. A operação, que se aproxima da costa da Venezuela, inclui vigilância aérea e naval, e está prevista para se estender por vários meses, conforme informações do Pentágono.

De acordo com relatos da imprensa americana, Washington está implementando uma estratégia para enfrentar o tráfico de drogas na América Latina, o que resultou no envio do cruzador de mísseis guiados USS Lake Erie e do submarino nuclear USS Newport News para se juntarem a outras embarcações já posicionadas em águas adjacentes à Venezuela. Fontes do Departamento de Defesa, citadas pela CNN, afirmam que a missão tem como objetivo interromper as principais rotas de tráfico ilegal.

Na semana passada, uma frota anfíbia, composta pelos navios USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale, também foi mobilizada, trazendo a bordo 4.500 militares, dos quais 2.200 são fuzileiros navais. Além disso, três destroyers da classe Arleigh Burke, o USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, estão operando na área, equipados com capacidades de defesa aérea e marítima.

O Pentágono confirmou que a operação também conta com a participação de aviões de patrulha P-8 Poseidon, além de outros navios de guerra. No total, cerca de 4.000 fuzileiros navais estão envolvidos, e a operação deve se prolongar por vários meses, abrangendo águas e espaço aéreo internacionais.

Fontes oficiais detalharam que as atividades da missão incluem coleta de informações, vigilância e patrulhamento das rotas utilizadas por organizações criminosas transnacionais. Segundo o The New York Times, o governo dos EUA vinculou essa operação a um conjunto mais amplo de medidas de segurança nacional, designando cartéis latino-americanos e grupos como o Tren de Aragua, da Venezuela, como organizações terroristas globais.

O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, expressou seu apoio à iniciativa em uma comunicação interna, destacando que a missão se alinha com a autoridade constitucional das forças armadas para combater atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e o contrabando.

Historicamente, o ex-presidente Donald Trump intensificou a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro após a falha em promover uma mudança de regime durante seu primeiro mandato. Sua nova abordagem parece estar motivada pela recente libertação de prisioneiros políticos e cidadãos americanos na Venezuela, um movimento que foi bem recebido por Washington.

Durante seu primeiro mandato, Trump, com o conselheiro John Bolton, apoiou o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, e considerou a possibilidade de uma intervenção militar. Apesar das sanções e da tentativa frustrada de Guaidó em 2019, a pressão dos EUA conseguiu enfraquecer o regime. Contudo, a saída de Bolton e a falta de avanços resultaram em um desinteresse crescente por parte de Trump.

Com a ascensão de Joe Biden à presidência, as tensões permaneceram, embora Biden tenha buscado uma abordagem mais conciliadora. Apesar de continuar a apoiar Guaidó, seu governo optou por uma reaproximação com Maduro, especialmente em virtude do aumento nos preços do petróleo. Essa nova estratégia incluiu o levantamento de algumas sanções e acordos de troca de prisioneiros, ações que foram alvo de críticas por parte de Trump.