Agência Brasil
Jair Bolsonaro, ex-mandatário do Brasil, realizou neste sábado (16) em Brasília uma série de novos exames clínicos, os primeiros desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou sua prisão domiciliar.
Conforme o boletim médico emitido pelo hospital DF Star, as análises laboratoriais e de imagem, feitas para investigar episódios recentes de febre, tosse e refluxo, revelaram a presença de inflamações tanto no sistema digestivo (esôfago e mucosa gástrica) quanto nos pulmões.
“Os exames identificaram sinais residuais de duas infecções pulmonares recentes, possivelmente ligadas a episódios de broncoaspiração”, informaram os quatro médicos que assinam o boletim divulgado na tarde de hoje.
“A endoscopia, por sua vez, indicou a continuidade da esofagite e gastrite, agora com intensidade reduzida, mas que ainda requer tratamento medicamentoso contínuo”, acrescentou a equipe médica, orientando que Bolsonaro mantenha o tratamento para o refluxo, controle da hipertensão arterial e adote medidas preventivas contra broncoaspiração.
Esta marca a primeira saída do ex-presidente de sua residência em um condomínio fechado no Lago Sul, Brasília, desde que começou a cumprir sua prisão domiciliar no dia 4.
O ministro Alexandre de Moraes, ao atender o pedido da defesa de Bolsonaro, estipulou que o ex-presidente deveria retornar ao seu condomínio em um máximo de oito horas e apresentar, em até 48 horas, um atestado que detalhasse os procedimentos realizados.
Bolsonaro chegou ao hospital às 9h e recebeu alta às 13h58, após se submeter a diversos exames. Desde o atentado de 2018, que resultou em uma facada na região abdominal, o ex-presidente necessita de acompanhamento médico regular devido às complicações das cirurgias que se tornaram necessárias para tratar as severas lesões nos intestinos delgado e grosso.