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Geral
16/08/2025 16:00:00

Mercado de trabalho latino-americano permanece estagnado há mais de uma década, aponta OIT

Mercado de trabalho latino-americano permanece estagnado há mais de uma década, aponta OIT

A taxa de participação no mercado de trabalho na América Latina e no Caribe, que mede a proporção de pessoas em idade ativa que estão empregadas ou buscando emprego, manteve-se em 62,6% em média, segundo o Panorama Laboral 2024 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento abrange 17 países e considera dados do segundo trimestre de 2024.

Entre os países com maiores taxas de participação estão Bolívia (78,3%), Peru (70,2%), Santa Lúcia (69,7%) e Paraguai (69,5%). Brasil e Chile registraram 62,1%, enquanto México e Argentina apresentaram 60,2% e 61,1%, respectivamente.

Apesar de uma leve expansão do emprego e estabilidade na participação da força de trabalho, a oferta de mão de obra regional ainda não atingiu os níveis de 2019. A OIT destaca que, no longo prazo, nem a taxa de participação nem a taxa de emprego superaram de forma significativa os índices de 2012, indicando uma estagnação que persiste há mais de uma década.

O relatório também aponta disparidades significativas entre áreas urbanas e rurais. A taxa de participação no meio rural é 3,2 pontos percentuais inferior à urbana. Já a taxa de desemprego urbano caiu de 9,6% em 2019 para 6,4% em 2024, enquanto nas áreas rurais passou de 6,2% para 4,4%.

As diferenças de gênero no mercado de trabalho permanecem expressivas. No segundo trimestre de 2024, a taxa de participação feminina era de 52,1%, contra 74,3% dos homens. A taxa de emprego entre mulheres foi de 48,4%, enquanto entre homens chegou a 70,4%. A taxa de desemprego feminino atingiu 7,2%, acima da masculina, de 5,2%.

Embora as disparidades de gênero tenham diminuído lentamente nos últimos anos, o progresso é insuficiente, e desigualdades continuam afetando a dinâmica do mercado de trabalho na região.