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Guerra
13/08/2025 06:00:00

Opinião pública israelense mostra crescente oposição à guerra em Gaza, centrada na preocupação com reféns e soldados

Opinião pública israelense mostra crescente oposição à guerra em Gaza, centrada na preocupação com reféns e soldados

À medida que o governo de Israel se prepara para ampliar sua campanha militar na Faixa de Gaza, pesquisas recentes indicam um aumento da rejeição popular à continuidade do conflito, com grande parte da população defendendo a busca por um acordo com o Hamas para o fim da guerra.

No último fim de semana, Israel registrou manifestações expressivas contra a expansão da ofensiva, reunindo dezenas de milhares de pessoas. O Hamas mantém cerca de 50 reféns israelenses na Faixa de Gaza, dos quais apenas 20 estariam vivos, segundo estimativas israelenses. Familiares desses reféns pedem um cessar-fogo, temendo que a ocupação planejada da Cidade de Gaza coloque em risco as vidas dos sequestrados.

Pesquisas apontam que o apoio a negociações para libertação dos reféns, mesmo que isso implique na interrupção dos combates, cresceu significativamente desde o início da guerra, passando de 17% para mais de 50% da população em um ano. Em julho, 74% dos israelenses demonstravam desejo por um acordo com o Hamas.

Por outro lado, a maioria dos israelenses judeus não demonstra grande incômodo com o sofrimento da população palestina em Gaza, enquanto a população árabe em Israel apresenta maior sensibilidade à situação humanitária no enclave.

Mais da metade dos israelenses entrevistados indicam que o principal motivo para encerrar o conflito é a libertação dos reféns, com apenas uma pequena parcela defendendo o fim da guerra por motivos humanitários ou pela busca da paz.

Especialistas destacam que posições anteriormente consideradas extremas, como a ideia da expulsão total dos palestinos de Gaza, ganharam mais espaço e aceitação pública, impulsionadas pelo enfraquecimento das perspectivas de paz e pelo fortalecimento político dos setores sionistas religiosos.

Pesquisas recentes indicam que apenas 21% dos israelenses acreditam na possibilidade de coexistência pacífica entre Israel e um Estado palestino, a menor proporção desde 2013.

Apesar desse cenário, vozes pacifistas continuam ativas em Israel, com movimentos que reúnem israelenses e palestinos pedindo cessar-fogo e fim da violência. Protestos recentes, inclusive, foram interrompidos à força em emissoras de televisão. Escritores e ativistas defendem uma abordagem humanitária e racional, criticando a cobertura midiática dominante sobre o conflito.

Mais de 75% dos israelenses afirmam ter visto imagens mostrando a destruição em Gaza, refletindo a atenção pública para os impactos da guerra, mesmo diante das divisões sobre suas causas e soluções.