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Acidente
12/08/2025 20:00:00

Líderes da União Europeia defendem que Ucrânia decida seu próprio destino

Líderes da União Europeia defendem que Ucrânia decida seu próprio destino

Três dias antes do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, os chefes de Estado e de governo da União Europeia, com exceção da Hungria, divulgaram nesta terça-feira, 12, uma declaração afirmando que o caminho para a paz na guerra da Ucrânia não pode ser definido sem a participação direta dos ucranianos.

No comunicado, os líderes afirmaram apoiar os esforços de Trump para buscar o fim da guerra, mas ressaltaram que qualquer solução precisa garantir a soberania e a segurança de Kiev. O texto também reforça o compromisso europeu com apoio militar, financeiro e diplomático à Ucrânia, além da necessidade de “garantias de segurança robustas e confiáveis” para o país.

A declaração destaca que negociações substantivas só devem ocorrer em um cenário de cessar-fogo ou redução significativa das hostilidades, e que a atual linha de contato entre Rússia e Ucrânia poderia servir apenas como ponto de partida para tratativas.

A Hungria, governada pelo premiê Viktor Orbán, não endossou o documento, mantendo a posição contrária ao envio de ajuda militar e às sanções contra Moscou, alegando que essas medidas prolongam o conflito e prejudicam a economia europeia. Orbán já se reuniu com Putin no passado e tentou se colocar como mediador da guerra, gerando atritos dentro do bloco.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e líderes europeus devem participar, nesta quarta-feira, de uma reunião virtual com Trump, agendada por iniciativa do chanceler alemão, Friedrich Merz. A Ucrânia e a UE temem que Putin consiga obter concessões em um eventual acordo de paz fechado apenas com Washington.

Na segunda-feira, Trump, questionado na Casa Branca sobre a videoconferência, não confirmou presença e foi vago sobre o que espera da reunião com Putin no Alasca. Ele disse esperar “conversas construtivas” e voltou a mencionar a possibilidade de um acordo com troca de territórios — hipótese rejeitada por Zelenski, que afirmou não ceder áreas ocupadas pela Rússia. Atualmente, Moscou mantém controle parcial sobre quatro regiões ucranianas, duas no leste e duas no sul.