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A negociação para a venda do controle da Braskem, maior petroquímica da América Latina, enfrenta um impasse relacionado ao afundamento do solo em Maceió. O grupo liderado pelo empresário Nelson Tanure, que busca adquirir a participação da Novonor, considera indispensável a resolução definitiva do caso para concluir o negócio.
O problema geológico, atribuído à extração de sal-gema pela empresa, afetou cinco bairros da capital alagoana, gerando rachaduras em vias e imóveis e forçando o deslocamento de cerca de 60 mil moradores. Desde 2019, a Braskem já destinou mais de R$ 13 bilhões em indenizações e ações de reparação.
Tanure defende que os futuros acionistas não assumam responsabilidades penais ou financeiras ligadas ao episódio. Em maio, ele assinou um acordo de exclusividade de 90 dias para as tratativas, com término previsto para 21 de agosto.
Se não houver consenso, a gestora IG4 Capital deve apresentar uma proposta concorrente. Paralelamente, a Braskem negocia a venda de unidades nos Estados Unidos para a Unipar, operação que enfrenta resistência de outros interessados no controle da companhia.
