A Corregedoria da Câmara iniciou nesta segunda-feira, 11, a análise de um pedido para afastar 14 deputados que participaram da ocupação do Plenário na semana passada. O protesto, que durou 30 horas, foi motivado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O corregedor, Diego Coronel, tem até quarta-feira para apresentar seu parecer sobre as denúncias.
Após a conclusão, o documento será encaminhado à mesa diretora, responsável por decidir se o caso seguirá para o Conselho de Ética, que dispõe de até 45 dias para votação. O presidente da Câmara, Hugo Motta, defende a aplicação de um rito sumário, que prevê a suspensão por até seis meses. Ele, no entanto, quer agilizar a punição de cinco deputados que, segundo ele, o impediram de reassumir a sessão.
O líder do PT na Casa pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue os parlamentares, alegando relação da ocupação com os atos de 8 de janeiro de 2023. Também está sob apuração a denúncia contra a deputada Camila Jara (PT), acusada de agredir Nikolas Ferreira.
Em entrevista ao programa Canal Livre, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que uma advertência já seria suficiente, embora reconheça a necessidade de coibir situações semelhantes. Já o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, relembrou os eventos de 8 de janeiro e destacou que as instituições reagiram dentro dos limites constitucionais, mesmo com erros e acertos.