O governo brasileiro designou, de forma inédita, oficiais-generais para atuar na embaixada em Pequim, encerrando a exclusividade que os Estados Unidos mantinham nesse tipo de cooperação. Até então, apenas Washington contava com apoio militar do mais alto escalão do Exército brasileiro.
O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeia:
Um oficial-general do Exército como Adido de Defesa e do Exército
Um contra-almirante da Marinha como Adido Naval
Um coronel da Aeronáutica como Adido Aeronáutico
A medida ocorre em meio a uma aproximação estratégica com a China e a uma crise diplomática entre Brasil e EUA, ainda que o documento oficial não cite essa motivação.
Os adidos terão funções de negociar acordos de cooperação militar, promover intercâmbio de informações, acompanhar avanços tecnológicos e industriais em defesa e apoiar visitas oficiais.
Além dos oficiais-generais, também foram enviados:
Um coronel ou tenente-coronel do Exército como Adjunto do Adido de Defesa e do Exército
Um capitão de mar e guerra ou capitão de fragata como Adjunto do Adido Naval
No Brasil, o posto de oficial-general representa o topo da hierarquia militar, abrangendo desde general de brigada (2 estrelas) até general de exército (4 estrelas), com o título de marechal (5 estrelas) reservado para tempos de guerra.
Esse movimento reforça a parceria militar e diplomática entre Brasil e China, que tende a ganhar mais relevância geopolítica nos próximos anos.