Ataques aéreos russos durante a madrugada de domingo deixaram mortos e feridos em diferentes regiões da Ucrânia, enquanto um drone ucraniano atingiu uma instalação industrial na região russa de Saratov, causando a morte de uma pessoa.
Na cidade de Druzhkivka, em Donetsk, dois bombardeios russos mataram um morador e feriram outros dois, segundo a polícia local, que também informou danos a pelo menos cinco casas e dois veículos. Em Sumy, um ataque atingiu o prédio da Administração Militar sem deixar feridos, de acordo com o chefe regional Oleh Hryhorov. Já em Dnipropetrovsk, a ofensiva russa contra uma estação ferroviária em Synelnykove resultou no cancelamento de vários trens.
A Força Aérea da Ucrânia relatou que, na noite de sábado para domingo, a Rússia lançou 100 drones, sendo 70 abatidos pelas defesas aéreas.
Do lado russo, autoridades informaram que um drone ucraniano atingiu uma instalação industrial em Saratov, danificando três apartamentos e provocando a evacuação dos moradores. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter derrubado 121 drones ucranianos durante a noite, oito deles na própria região. A imprensa local noticiou incêndio e explosões em uma refinaria de petróleo.
Enquanto isso, o Estado-Maior ucraniano anunciou a retomada da aldeia de Bezsalivka, em Sumy, próxima à fronteira russa. A localidade fica a cerca de 30 quilômetros da frente de combate, onde forças russas seguem avançando após a abertura de uma nova ofensiva no nordeste do país há mais de dois meses.
No campo diplomático, o presidente Volodymyr Zelenskyy apoiou uma declaração conjunta de líderes europeus que defende uma “paz justa e duradoura” para a Ucrânia, com garantias de segurança sólidas. O texto, assinado por dirigentes da Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia e Reino Unido, reafirma que negociações só devem ocorrer com cessar-fogo ou redução das hostilidades, e que fronteiras não podem ser alteradas pela força.
A manifestação ocorre antes do encontro marcado para sexta-feira no Alasca entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Casa Branca confirmou que Trump aceitou a reunião individual solicitada por Putin e indicou que um eventual acordo de paz poderia incluir “alguma troca de territórios”, gerando preocupação de que Kiev possa ser pressionada a ceder áreas ou aceitar restrições à sua soberania.