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Acidente
09/08/2025 14:00:00

Trump considera uso de força militar contra cartéis de drogas na América Latina

Trump considera uso de força militar contra cartéis de drogas na América Latina

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia adotar uma postura mais agressiva contra cartéis de drogas na América Latina, com possibilidade de empregar força militar, segundo informações do New York Times. A iniciativa representaria uma ruptura em relação à abordagem de governos anteriores, como o de Joe Biden, que priorizavam incentivos e cooperação para alinhar interesses regionais aos norte-americanos.

Fontes informaram que Trump ordenou ao Departamento de Defesa a elaboração de opções para ações militares contra organizações criminosas na região. Um acordo de segurança com o México, que deve ser assinado nas próximas semanas, prevê maior monitoramento conjunto e coordenação fronteiriça, mas não autoriza operações militares diretas em território mexicano.

Autoridades alertam que uma intervenção dessa natureza poderia gerar reações contrárias, comprometendo a confiança entre os países. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, reafirmou que não permitirá a presença de militares americanos em operações de combate no país, destacando que a soberania nacional será respeitada.

A política de Trump vem acompanhada de movimentos diplomáticos e militares mais assertivos. O secretário de Estado, Marco Rubio, buscou concessões para uso militar do Canal do Panamá e endureceu o tom contra governos como o da Colômbia e o da Venezuela. Em relação a Nicolás Maduro, Washington dobrou a recompensa por informações que levem à sua prisão, chegando a US$ 50 milhões.

No Equador, o governo prepara um referendo para autorizar a instalação de bases militares estrangeiras, medida vista como caminho para a reativação de presença militar dos EUA no país. Em contrapartida, especialistas alertam que a retórica pode fortalecer regimes contrários a Washington e aumentar o sentimento antiamericano em países como México, Guatemala e Colômbia.

Analistas destacam que cartéis têm capacidade de retaliar no próprio território norte-americano, e que o México é o ponto mais sensível devido ao tráfico de fentanil, prioridade na agenda de Trump. Apesar do discurso firme, na Venezuela a possibilidade de intervenção é considerada remota, por conta de interesses petrolíferos e preocupações migratórias.

O governo venezuelano negou a existência de cartéis no país e prometeu reagir a qualquer ameaça externa. Especialistas alertam que uma ação militar poderia desestabilizar não apenas a Venezuela, mas toda a região.