O gabinete de segurança e assuntos políticos de Israel aprovou, nesta sexta-feira (8), o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza, no território palestino da Faixa de Gaza, em meio a um conflito que já dura 22 meses.
Segundo comunicado oficial, a operação militar também prevê o fornecimento de ajuda humanitária às áreas civis fora das zonas de combate. Entre as metas listadas estão:
retorno de todos os reféns israelenses;
desarmamento do Hamas;
desmilitarização da Faixa de Gaza;
controle da segurança pelo próprio Israel;
instalação de um governo civil alternativo ao Hamas e à Autoridade Palestina.
Netanyahu afirmou que pretende assumir o controle militar de toda a faixa e, posteriormente, entregá-la a forças árabes para administração. O Hamas classificou a medida como “crime de guerra” e prometeu resistência.
A decisão gerou forte oposição interna. Yair Lapid, líder oposicionista, chamou o plano de “catástrofe” que colocará em risco reféns e soldados, acusando Netanyahu de ceder à pressão de ministros ultradireitistas que defendem a expulsão em massa de palestinos.
A comunidade internacional também reagiu. O Reino Unido e a China criticaram a iniciativa, e a ONU pediu sua suspensão imediata, alertando para risco de mais mortes, deslocamentos e agravamento da crise humanitária.
Desde o início da guerra, mais de 61 mil palestinos foram mortos em Gaza, segundo autoridades locais, e cerca de 200 morreram de fome — quase metade crianças. O conflito começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas em Israel e levou à captura de 251 reféns.