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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou a líderes europeus e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy que pretende se reunir pessoalmente com Vladimir Putin já na próxima semana. A informação foi divulgada pelo jornal New York Times e confirmada por fontes próximas às negociações.
Após a conversa com Putin, Trump planeja realizar um encontro conjunto com Zelenskyy e o presidente russo, sem a presença de representantes da Europa. O objetivo das reuniões é buscar um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia, que já se estende por mais de três anos.
Dias antes, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, esteve em Moscou e manteve um diálogo de três horas com Putin. Trump descreveu a reunião como “altamente produtiva” e afirmou que houve “grandes progressos” nas conversas. Segundo ele, “todos concordam que esta guerra precisa acabar”.
O conselheiro de política externa de Putin, Yuri Ushakov, também avaliou positivamente o encontro, classificando-o como útil e construtivo. Ele explicou que a pauta se concentrou na possibilidade de cooperação estratégica entre Moscou e Washington e nos rumos do conflito ucraniano.
Em pronunciamento feito nas redes sociais, Zelenskyy confirmou a conversa com Trump e disse que a Rússia parece mais aberta a um cessar-fogo, em parte por causa da pressão dos Estados Unidos. O presidente ucraniano, no entanto, alertou para o risco de que Moscou “não engane ninguém nos detalhes” do possível acordo.
Zelenskyy ressaltou que a Ucrânia continuará lutando por sua independência e destacou que todos desejam uma paz estável e segura, mas que a responsabilidade por interromper a guerra está nas mãos da Rússia.
Trump afirmou ainda que sanções secundárias contra o governo russo entrarão em vigor na próxima sexta-feira, caso nenhum avanço seja registrado nas tratativas. Inicialmente, o prazo estipulado era de 50 dias. Apesar disso, o presidente norte-americano disse duvidar da eficácia das medidas, destacando que Moscou tem conseguido contornar as restrições com eficiência. Ele, contudo, indicou que a pressão econômica aumentará caso os ataques a civis na Ucrânia persistam, como ocorreu recentemente em Zaporizhzhia.
Kirill Dmitriev, um dos representantes russos que acompanhou Witkoff nas tratativas, comentou na rede X (antigo Twitter) que “o diálogo prevalecerá”. Dmitriev já participou de três rodadas de negociações entre Rússia e Ucrânia em Istambul, que não resultaram em um acordo, mas permitiram algumas trocas de prisioneiros.
Com as novas articulações, Trump aposta em sua diplomacia direta para mediar o conflito. Se os encontros com Putin e Zelenskyy forem realizados, será a primeira vez desde o início da guerra que os três líderes se encontrarão pessoalmente com o foco na tentativa de encerrar o confronto. Ainda não há definição sobre o local das reuniões.
