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Política
06/08/2025 23:00:00

Impeachment de Alexandre de Moraes: senador de Alagoas se posiciona contra e dois ainda não declararam voto

Impeachment de Alexandre de Moraes: senador de Alagoas se posiciona contra e dois ainda não declararam voto

Levantamento realizado pelo site votossenadores.com.br aponta que 37 senadores se manifestaram a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Outros 23 declararam voto contrário e 21 ainda não definiram publicamente sua posição.

Entre os três representantes de Alagoas no Senado, apenas Fernando Farias (MDB) se posicionou contra o processo. Renan Calheiros (MDB) e Dra. Eudócia Caldas (PL) ainda não informaram como votarão caso o pedido avance.

A proposta de impeachment foi apresentada pelo deputado Hélio Lopes (PL-RJ), que, em julho, realizou um protesto silencioso em frente ao STF. A iniciativa é apoiada por outros parlamentares da oposição, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT).

No requerimento, Moraes é acusado de cometer crimes de responsabilidade, abuso de autoridade, improbidade administrativa e censura, além de violar garantias constitucionais como a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar. Os deputados afirmam ter sido alvos de perseguição política por parte do ministro e consideram “arbitrária e ilegal” a decisão judicial que encerrou o protesto em Brasília.

O episódio que desencadeou o pedido aconteceu no fim de julho, quando Hélio Lopes tentou instalar um acampamento na Praça dos Três Poderes, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O deputado também anunciou uma “greve de silêncio” como forma de protesto.

Ainda no mesmo dia, Moraes acatou solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinando a retirada imediata do acampamento, proibindo novos protestos no local e autorizando a prisão em flagrante de manifestantes que desobedecessem a ordem. A decisão se baseou na conexão do ato com os acampamentos considerados golpistas que antecederam os ataques às sedes dos Três Poderes em 2023.

A pressão sobre o ministro aumentou após ele ser incluído na lista de sanções dos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky, o que impede transações com instituições financeiras americanas. A medida foi usada como argumento adicional pelos parlamentares que defendem o impeachment.