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Acidente
05/08/2025 10:00:00

Com tarifaço, governo investe R$ 2,4 bilhões na saúde e prioriza indústria nacional

Com tarifaço, governo investe R$ 2,4 bilhões na saúde e prioriza indústria nacional

O Governo Federal anunciou um investimento de R$ 2,4 bilhões para a aquisição de mais de 10 mil equipamentos destinados à atenção básica e a procedimentos cirúrgicos, com prioridade para produtos fabricados no Brasil. A medida visa fortalecer a indústria nacional em meio à expectativa de aumento de tarifas sobre importações, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A decisão prevê que itens de origem brasileira tenham preferência nas compras públicas, mesmo que seus preços sejam entre 10% e 20% superiores aos de produtos estrangeiros. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a política pública será um instrumento essencial para impulsionar o setor de dispositivos médicos no país. “O governo do presidente Lula seguirá mobilizando todos os instrumentos para defender a economia brasileira”, declarou.

A relação de equipamentos que serão adquiridos foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (31). A primeira etapa da concorrência foi aberta nesta segunda-feira (4), com a execução das compras sob responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio de edital. A lista inclui 17 itens voltados à atenção básica e 11 direcionados a cirurgias e procedimentos oftalmológicos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a relevância da medida. “O momento atual reforça a importância de fortalecer as nossas empresas e a nossa indústria para maior soberania e segurança para a nossa saúde. Investir no Complexo Econômico-Industrial da Saúde é uma estratégia essencial para proteger empregos e vidas”, afirmou.

Na área da atenção primária, os equipamentos têm como objetivo tornar os atendimentos mais eficientes e integrados digitalmente. Já para os procedimentos especializados, os investimentos se concentram em tecnologias de alta precisão voltadas a diagnósticos e terapias, promovendo maior segurança durante cirurgias e ampliando a integração com os fluxos assistenciais, como os de cirurgias eletivas e oftalmologia avançada.

Atualmente, cerca de 45% da demanda nacional por medicamentos, vacinas, equipamentos, dispositivos médicos e outros insumos em saúde é atendida pela produção brasileira. A Nova Indústria Brasil (NIB) tem como meta ampliar essa capacidade para 50% até 2026 e alcançar 70% até 2033.