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Acidente
04/08/2025 04:00:00

Vulcão adormecido há 500 anos entra em erupção na Rússia

Vulcão adormecido há 500 anos entra em erupção na Rússia

Um vulcão entrou em atividade pela primeira vez em cerca de cinco séculos na península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia. A erupção foi registrada neste domingo, poucos dias depois de um terremoto de magnitude 8,8 atingir a mesma região. O fenômeno envolveu o vulcão Krasheninnikov, que, segundo o Programa Global de Vulcanismo do Instituto Smithsonian dos Estados Unidos, havia registrado sua última erupção em 1550.

De acordo com Olga Girina, chefe da Equipe de Resposta a Erupções Vulcânicas de Kamchatka, a mais recente emissão de lava do Krasheninnikov ocorreu no início do século 16. Imagens veiculadas por meios estatais russos mostram uma densa coluna de cinzas sendo expelida do vulcão. Conforme o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, a nuvem de cinzas alcançou seis mil metros de altitude e se deslocou para o leste, na direção do Oceano Pacífico. Até o momento, não houve registro de queda de cinzas em áreas habitadas.

O nível de alerta para aviação foi elevado para a categoria laranja, o que indica risco para voos na região.

Na quarta-feira anterior, o vulcão Klyuchevskoy, considerado o mais ativo da Ásia, também entrou em erupção. Cientistas russos suspeitam que ambas as atividades vulcânicas estejam ligadas ao terremoto de grande magnitude que abalou a região. Esse tremor, o mais intenso desde 2011, gerou alertas de tsunami em diversos países banhados pelo Pacífico, levando à retirada de milhões de pessoas das áreas costeiras da Rússia, Japão, Estados Unidos e América Latina. Na Rússia, as ondas causaram inundações no porto de Severo-Kurilsk e atingiram uma fábrica de processamento de peixes.

Kamchatka está situada no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona geologicamente instável que concentra cerca de 450 vulcões e responde por 90% dos terremotos do planeta.

Neste domingo, um novo alerta de tsunami foi emitido após um abalo sísmico de magnitude 7,0 atingir as Ilhas Curilas, próximas à península. O governo russo informou que a altura das ondas previstas era baixa, mas orientou os moradores a se afastarem da costa por precaução. Pouco depois, o Sistema de Alerta de Tsunamis do Pacífico descartou riscos adicionais relacionados ao novo tremor.