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Atualidade
04/08/2025 00:00:00

Atos em várias cidades criticam Lula e Moraes; Bolsonaro participa por chamadas de vídeo

Atos em várias cidades criticam Lula e Moraes; Bolsonaro participa por chamadas de vídeo

Neste domingo (3), manifestantes de direita se reuniram em diversas cidades do país para protestar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os atos também incluíram pedidos de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e outras pautas do bolsonarismo.

Em São Paulo, os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Durante o ato, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) subiu ao carro de som e realizou uma chamada de vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informando ao público que ele "não pode falar, mas pode ver". Em seu discurso, Nikolas atacou o ministro Alexandre de Moraes, dizendo que “sem toga você é nada”, e afirmou que as prioridades do movimento bolsonarista são a saída de Lula do governo e o impeachment do ministro do STF.

O ato na capital paulista foi organizado pelo pastor Silas Malafaia, que conduziu os discursos e fez críticas indiretas a aliados que não compareceram. “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro?”, questionou. Ele também pediu um minuto de silêncio em respeito a pessoas que, segundo ele, “não podem falar”. Malafaia declarou ainda que Bolsonaro continua sendo insubstituível. O protesto começou a se dispersar por volta das 16h.

Cartazes com frases como “Help Trump” e “Thank you Trump” também foram vistos entre os manifestantes na Paulista, em apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A homenagem acontece após declarações do republicano em defesa de Bolsonaro e críticas ao STF brasileiro, além de sanções impostas pelos EUA ao Brasil e à corte suprema, em especial ao ministro Moraes, por meio da Lei Magnitsky.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não esteve presente no evento. Segundo sua assessoria, ele passou por um procedimento de radioablação por ultrassom na tireoide, considerado pouco invasivo.

No Rio de Janeiro, na orla de Copacabana, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também colocou o pai no viva-voz para que ele enviasse uma mensagem aos presentes. Bolsonaro agradeceu e disse que o protesto era “pela nossa liberdade, pelo nosso futuro”. O governador Cláudio Castro (PL) participou presencialmente da manifestação na capital fluminense.

Impedido de comparecer fisicamente aos atos por conta de medidas cautelares que o obrigam a permanecer em casa nos fins de semana, Bolsonaro tem limitado suas aparições a chamadas virtuais. Os protestos deste domingo marcaram o primeiro grande movimento político após a imposição de sanções dos Estados Unidos ao Brasil e a ministros do STF.

Em Belém, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) participou de um evento do PL Mulher. De cima de um carro de som, acenou para apoiadores e depois, nas redes sociais, afirmou que o dia celebrava o “Fim da Censura no Brasil”, criticando o que chamou de retorno da repressão à liberdade de expressão. Ela destacou a “vibração positiva” do público nortista como um sinal de resistência.