A Justiça da Itália decidiu, nesta sexta-feira (1º), manter presa a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) enquanto tramita o processo de extradição para o Brasil. A parlamentar, detida no presídio feminino de Rebibbia, participou de uma audiência de custódia na Corte de Apelação de Roma.
A audiência foi conduzida por um juiz de garantias, que rejeitou o pedido da defesa para substituição da prisão por medidas restritivas. Com isso, Zambelli permanecerá detida até a análise do pedido de extradição, cujo andamento deve ser retomado em meados de agosto.
A decisão foi confirmada pelo embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, e por representantes da Polícia Federal. A defesa da deputada argumentou questões de saúde, mas o apelo não foi acolhido.
Zambelli foi condenada no Brasil a dez anos de prisão e à perda de seu mandato parlamentar por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A sentença já transitou em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recurso.
Em junho, a deputada revelou que estava na Itália e alegou ser vítima de perseguição política. Após solicitação do Supremo Tribunal Federal (STF), ela foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol, que permite sua prisão em qualquer país cooperante.
Agora, o destino de Carla Zambelli dependerá das autoridades italianas. Caberá ao Ministério da Justiça da Itália encaminhar o caso ao tribunal competente, que decidirá sobre a legalidade e as condições da extradição, de acordo com as regras previstas no Código de Processo Penal do país.