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Economia
01/08/2025 11:00:00

Dia dos Pais deve movimentar R$ 30,3 milhões em Maceió, segundo pesquisa da Fecomércio

Dia dos Pais deve movimentar R$ 30,3 milhões em Maceió, segundo pesquisa da Fecomércio

A celebração do Dia dos Pais em Maceió neste ano deve movimentar cerca de R$ 30,3 milhões, conforme aponta a Pesquisa de Intenção de Compras realizada pelo Instituto Fecomércio AL. O valor representa uma queda de 25,5% em comparação com 2019, quando o volume financeiro estimado foi de R$ 40,7 milhões, e uma redução de 8,7% em relação às edições de 2021 e 2022, anos das últimas pesquisas sobre a data.

O levantamento foi feito nos dias 26 e 27 de julho e mostra que 64% dos consumidores da capital alagoana pretendem comprar presentes no segundo domingo de agosto. O tíquete médio dos presentes deve ser de R$ 108,46, valor 23,35% menor do que os R$ 141,51 registrados em 2022. Já o gasto médio com comemorações será de R$ 95,65, indicando uma redução de 32,89% frente aos R$ 142,53 da última pesquisa. No total, R$ 17,5 milhões devem ser destinados à compra de presentes e R$ 12,8 milhões às comemorações.

Segundo o Instituto, fatores econômicos e comportamentais explicam esse cenário. Um deles é a entressafra da cana-de-açúcar, que ocorre entre maio e setembro em Alagoas, período em que a atividade do setor sucroalcooleiro — o principal gerador de empregos e renda temporária no estado — diminui, afetando a circulação de dinheiro, especialmente no interior. Como Maceió depende, em parte, do dinamismo do interior, o desaquecimento da economia nas demais regiões também reflete nas vendas da capital.

A alta no endividamento das famílias, a inflação persistente e a consequente perda de poder de compra também foram apontadas como causas da retração. Isso tem levado os consumidores a priorizar itens essenciais, deixando as datas comemorativas em segundo plano.

Outro aspecto que contribui para o menor volume financeiro é de ordem cultural: os itens mais comprados no Dia dos Pais — como roupas, calçados e acessórios — possuem, geralmente, valores inferiores aos produtos tradicionalmente escolhidos para o Dia das Mães, como eletrodomésticos, eletrônicos e cosméticos. Além disso, a pesquisa identificou uma valorização crescente dos gestos simbólicos e das comemorações em casa, o que reduz o gasto tanto com presentes quanto com refeições fora.

Entre os 36% que não pretendem presentear na data, 66,3% disseram que não têm a quem dar presentes; 15,47% afirmaram que não têm esse costume; 9,39% optam por outras formas de comemoração; 4,42% alegaram estar endividados; 2,76% estão mais cautelosos; e 1,66% se encontram desempregados.

Entre os que vão presentear, 75,16% comprarão um item; 20,5% darão dois; e 4% planejam adquirir três presentes. Em relação ao gasto, 22,88% devem investir entre R$ 51 e R$ 100; 29,15% entre R$ 101 e R$ 150; e 20,38% desembolsarão de R$ 151 a R$ 200.

As roupas lideram a lista de itens mais procurados, com 52,6% das preferências. Em seguida aparecem perfumes (16,16%), calçados (10,96%), relógios ou pulseiras (7,12%), carteiras e cintos (5,75%), eletrônicos como TVs, tablets e videogames (2,19%) e livros (0,55%).

Quanto à forma de pagamento, 29,94% usarão cartão de crédito parcelado; 23,45% optarão pelo cartão de débito; 9,32% utilizarão crédito rotativo. Também serão usados o Pix (29,38%) e o dinheiro em espécie (7,63%).

Os principais locais de compra serão os shoppings (42,74%) e o centro da cidade (37,04%). O comércio eletrônico será utilizado por 13,68% e as lojas de bairro ou galerias por 5,98%. Os fatores mais valorizados pelos consumidores ao escolher onde comprar são a qualidade dos produtos (33,88%), promoções (23,63%) e o preço (21,79%).

Em relação à comemoração, a maioria optará por ambientes familiares: casa dos pais (35,64%), própria residência (29,09%), casa de parentes (2,91%) e de amigos (1,09%). Para os que vão sair, os destinos mais citados são restaurantes (23,64%), clubes e praias (4,36%), shoppings (1,82%) e viagens (1,45%).