Selic a 15%: veja quanto rendem R$ 1.000 aplicados na poupança, CDB ou Tesouro Direto

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter, nesta quarta-feira (30), a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, encerrando o ciclo de aperto monetário iniciado anteriormente. O patamar é o mais elevado desde maio de 2006.

Com a Selic nesse nível, os rendimentos de investimentos de renda fixa passam a ser mais atrativos, especialmente para produtos como CDBs e títulos do Tesouro Direto. A pedido da CNN, o especialista Michael Viriato, da Casa do Investidor, fez simulações para mostrar quanto renderiam R$ 1.000 aplicados por seis meses e por dois anos e meio (30 meses), considerando esse novo cenário.

Segundo os cálculos, os certificados de depósito bancário (CDBs) de bancos médios, com retorno de até 110% do CDI, são os que apresentam maior valorização. Nessa modalidade, uma aplicação de R$ 1.000 renderia R$ 1.061,61 em seis meses e chegaria a R$ 1.385,51 ao fim de 30 meses.

Na outra ponta, a poupança continua sendo a opção menos rentável, mesmo com os juros elevados. O mesmo valor aplicado resultaria em R$ 1.040,05 em seis meses e R$ 1.216,93 em dois anos e meio. Apesar da menor rentabilidade, a poupança mantém a vantagem de ser isenta de Imposto de Renda.

O levantamento também inclui aplicações no Tesouro Selic e em fundos DI. A simulação considerou uma taxa de administração de 0,2% ao ano para o Tesouro Selic e de 0,5% para os fundos DI, embora esses valores possam variar de acordo com a instituição financeira.

Os valores apresentados já estão líquidos, ou seja, com os descontos de impostos considerados – exceto no caso da poupança, que é livre de tributação. A manutenção da Selic em 15% reforça o cenário favorável para investidores conservadores, mas evidencia a perda de atratividade de aplicações mais tradicionais e de fácil acesso, como a poupança.