Um potente terremoto de magnitude 8,8 sacudiu o extremo leste da Península de Kamchatka, na Rússia, nas primeiras horas de quarta-feira (30), pelo horário local — ainda terça-feira (29) no Brasil. O abalo sísmico gerou um tsunami com ondas entre 3 e 4 metros que já atingiram partes da região russa.
Apesar da força do tremor, as autoridades russas informaram que não há registros de mortes ou ferimentos graves até o momento, embora várias pessoas tenham ficado feridas, segundo a agência estatal TASS.
No Japão, a ilha de Hokkaido também foi atingida por ondas do tsunami. O governo japonês emitiu um alerta reforçando que ondas ainda mais altas podem surgir nas próximas horas. Ainda não há vítimas registradas no país.
Foram emitidos alertas de tsunami para várias regiões ao redor do Oceano Pacífico, incluindo a costa oeste dos Estados Unidos, Alasca, Havaí, Guam e algumas ilhas da Micronésia. Evacuações emergenciais foram ordenadas em Oahu, no Havaí, e ao longo de extensos trechos da costa japonesa.
“Dirijam-se imediatamente para áreas elevadas e seguras. A previsão do horário de chegada das ondas é apenas uma estimativa. Elas podem chegar antes ou depois. A evacuação deve continuar enquanto o alerta estiver ativo”, informaram as autoridades japonesas.
O Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências, através de sua unidade em Kamchatka, alertou que réplicas significativas, com magnitude podendo chegar a 7,5, devem continuar ocorrendo por pelo menos um mês. A região já vinha registrando atividade sísmica intensa nos últimos dez dias.
Nos Estados Unidos, o Centro de Alertas de Tsunami informou que ondas de até três metros também podem alcançar a costa do Equador.
O tremor em Kamchatka é o mais intenso registrado na península desde 1952.
No Japão, funcionários das usinas nucleares de Fukushima Daiichi e Fukushima Daini foram evacuados preventivamente para locais mais elevados, conforme comunicado da companhia de energia Tokyo Electric Power Company (TEPCO). A empresa informou que não houve danos ou irregularidades nas instalações, mas que os alertas continuam sendo monitorados.
A usina de Fukushima Daiichi foi cenário de um desastre nuclear após o terremoto e tsunami de 2011, que devastaram o país e causaram graves consequências ambientais.