Em entrevista ao programa Canal Livre neste domingo (27), o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, descreveu a situação em Gaza como um genocídio diário e um estado de calamidade pública, em meio aos contínuos ataques israelenses. Alzeben destacou números alarmantes, incluindo 63 mil mortos, 12 mil soterrados e 149 mil feridos ao longo de 22 meses de conflitos. Além disso, a infraestrutura local foi severamente afetada, com hospitais destruídos e escolas desaparecidas. A faixa de Gaza foi descrita como "90% invivível".
A fome é apontada pelo embaixador como um dos maiores horrores da situação. "O pior de tudo é a fome", afirmou. Ele ainda provocou a reflexão, convidando aqueles que acompanham a situação a imaginar a dor de um pai que não consegue alimentar seu filho por um dia, uma situação desesperadora e humilhante que a população de Gaza vive diariamente.
Alzeben enfatizou que, enquanto os palestinos enterram seus mortos, a vergonha recai sobre a humanidade. "Se o Holocausto marcou a história antes e depois, a história também vai marcar: Gaza antes e Gaza depois", concluiu o embaixador, sublinhando a gravidade e a profundidade da tragédia em curso.