Israel tem intensificado sua operação militar na Faixa de Gaza, com tanques avançando para os distritos sul e leste da cidade de Deir al-Balah, em Gaza, pela primeira vez na segunda-feira, 21 de julho. Essa área é considerada um possível local onde reféns podem estar sendo mantidos pelo Hamas, conforme fontes israelenses. A cidade está cheia de palestinos deslocados devido à guerra, e centenas deles fugiram para o oeste ou sul após uma ordem de retirada emitida por Israel, que busca destruir a infraestrutura e as capacidades do grupo militante.
Desde o início dos ataques israelenses, em outubro de 2023, a situação tem sido devastadora. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, pelo menos 58 mil palestinos morreram, e mais de 138 mil ficaram feridos, com a maioria das vítimas sendo mulheres e crianças. O governo israelense, por sua vez, alega que pelo menos 20 mil mortos são combatentes do Hamas.
Além disso, a ONU informou que, desde o final de maio de 2025, 798 pessoas morreram ao tentar obter alimentos em Gaza, incluindo mortes perto de locais de distribuição de ajuda humanitária. A população de Gaza, que em 2023 era de 2,2 milhões, caiu para cerca de 2,1 milhões devido ao conflito. Estima-se que cerca de 100 mil palestinos tenham deixado o território desde o início da guerra.
Por outro lado, o conflito também resultou na morte de quase 1.650 israelenses e estrangeiros, com 1.200 mortos no ataque de 7 de outubro de 2023 e 446 soldados israelenses mortos desde o início da operação terrestre. As forças israelenses também continuam enfrentando a situação de reféns, com 50 pessoas ainda mantidas pelo Hamas, incluindo 28 mortos cujos corpos estão sendo retidos.
A guerra segue com graves consequências humanitárias, com a ONU e outras agências tentando lidar com os efeitos do deslocamento forçado de milhões de pessoas e a escassez de alimentos e outros recursos essenciais.