As forças russas realizaram novos ataques com drones e bombas aéreas contra várias cidades da Ucrânia na madrugada desta terça-feira, 22 de julho, resultando na morte de um menino de 10 anos e deixando dezenas de pessoas feridas. As ações ocorreram na véspera de uma nova rodada de negociações entre Kiev e Moscou, anunciada pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
Em Kramatorsk, uma bomba aérea russa do tipo FAB-250 atingiu um prédio residencial, matando o menino e ferindo ao menos oito civis. Na mesma região de Donetsk, outras localidades foram alvo de drones russos, causando danos em casas, garagens, carros e instalações industriais.
Na cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, mais de dez drones foram lançados durante a noite. O Comando Aéreo do Sul informou que infraestruturas civis foram atingidas, incluindo edifícios administrativos, carros e imóveis públicos. Em um dos bairros, dezenas de veículos foram incendiados e um prédio que abrigava uma academia teve todas as janelas destruídas. O proprietário do local relatou que, apesar dos danos, não houve vítimas entre os presentes, incluindo um segurança e um gato resgatado no local.
Uma mulher de 41 anos ficou ferida na cabeça e foi hospitalizada. Os serviços de emergência estaduais da região de Odessa acompanharam os danos e prestaram assistência às vítimas.
Em Sumy, no nordeste da Ucrânia, o ataque russo danificou edifícios residenciais e veículos, deixando ao menos 12 pessoas feridas. Os maiores danos foram registrados na Avenida Peremohy, onde cinco blocos de apartamentos e 18 veículos foram atingidos. Uma organização humanitária prestou auxílio psicológico aos moradores e orientou as vítimas sobre como solicitar compensações pelos prejuízos.
Esses ataques ocorrem no momento em que a diplomacia volta à pauta. Zelenskyy confirmou que haverá uma nova rodada de negociações com a Rússia na quarta-feira. As duas rodadas anteriores resultaram apenas em trocas de prisioneiros, sem avanços concretos no fim do conflito. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica a pressão sobre Vladimir Putin, tentando obter um cessar-fogo, mas os ataques russos continuam com força em várias regiões da Ucrânia.