A Coca-Cola anunciou nesta terça-feira (22) que lançará uma nova versão de seu refrigerante adoçada com açúcar de cana, em resposta à pressão do ex-presidente Donald Trump. Na semana passada, Trump afirmou nas redes sociais ter persuadido a empresa a substituir o xarope de milho rico em frutose, que é tradicionalmente utilizado nas bebidas fabricadas nos Estados Unidos.
De acordo com a Coca-Cola, o novo produto, que será feito com açúcar de cana dos EUA, será lançado no outono do hemisfério norte, como parte de sua "agenda contínua de inovação". A empresa já oferece versões adoçadas com açúcar de cana em outros mercados, como no México.
A Coca-Cola explicou que essa nova linha de produtos visa complementar seu portfólio existente e oferecer mais opções para consumidores com diferentes preferências. No entanto, a receita principal da Coca-Cola continuará a ser adoçada com xarope de milho, enquanto a versão com açúcar de cana será um produto separado.
Apesar da mudança, a Coca-Cola reafirma que não alterará a formulação de seu refrigerante tradicional, e a versão com açúcar de cana será oferecida como uma alternativa para consumidores que preferem esse tipo de adoçante. O xarope de milho rico em frutose, utilizado nas versões americanas, é mais barato e amplamente disponível, sendo uma opção comum para os fabricantes de refrigerantes nos Estados Unidos.
Especialistas em saúde, no entanto, alertam que o consumo excessivo de açúcar, independentemente de sua fonte, continua a ser prejudicial à saúde. Eva Greenthal, cientista política sênior do Centro para a Ciência no Interesse Público, destacou que a mudança no tipo de açúcar não resolve o problema do consumo excessivo de adoçantes, que está ligado a doenças como obesidade e diabetes.
Enquanto isso, a PepsiCo, rival da Coca-Cola, não anunciou grandes mudanças em sua formulação, embora tenha lançado recentemente um refrigerante prebiótico que também utiliza açúcar de cana, além da marca Poppi, adquirida recentemente.