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Acidente
22/07/2025 04:00:00

Ataques ucranianos geram caos em aeroportos de Moscou

Ataques ucranianos geram caos em aeroportos de Moscou

Ataques com drones lançados pela Ucrânia paralisaram os principais aeroportos de Moscou nesta segunda-feira (21/07). Imagens divulgadas pela mídia russa mostram milhares de passageiros aguardando em longas filas após voos serem cancelados ou atrasados. No aeroporto de Sheremetyevo, o maior da Rússia, muitas pessoas foram forçadas a dormir no chão devido ao tempo de espera prolongado.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que 117 drones ucranianos foram abatidos entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, incluindo 30 na região de Moscou. No dia anterior, outros 172 drones haviam sido derrubados, sendo 30 sobre a capital russa.

A Rosaviatsiya, autoridade de aviação civil da Rússia, impôs restrições a voos nos aeroportos de Moscou (Sheremetyevo, Vnukovo, Domodedovo e Zhukovskiy) por motivos de segurança, o que causou um efeito em cadeia que resultou na prisão de milhares de passageiros em aeroportos no leste do país. Para ajudar, trens extras foram disponibilizados para levar os passageiros de São Petersburgo a Moscou.

Rússia lança drones e mísseis contra a Ucrânia

Simultaneamente, a Rússia atacou a Ucrânia com mísseis e centenas de drones durante a noite, resultando na morte de duas pessoas, 15 feridos e danos em várias partes do país, como relatado pelo presidente ucraniano Volodimir Zelenski. Segundo a força aérea ucraniana, ao menos 426 drones e 24 mísseis foram lançados contra a Ucrânia.

Em Kiev, um drone atingiu a entrada de uma estação de metrô onde civis estavam abrigados, causando uma grande nuvem de fumaça. Os ataques mais intensos atingiram o distrito de Darnytskyi, onde um jardim de infância, um supermercado e um armazém pegaram fogo. Em Ivano-Frankivsk, no oeste do país, quatro pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas, e em Kharkiv, uma instalação industrial foi atingida.

Zelenski condenou os ataques russos, destacando que eles sempre visam infraestruturas civis, como jardins de infância e prédios residenciais, queimando várias áreas de Kiev.

Pressão contra a Rússia aumenta

A guerra na Ucrânia segue sem trégua há mais de três anos. Os esforços internacionais liderados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não conseguiram garantir um cessar-fogo, com o presidente americano expressando crescente frustração com Putin. Recentemente, Trump autorizou a venda de novos sistemas de defesa à Ucrânia, incluindo mísseis Patriot.

Além disso, a União Europeia aprovou novas sanções contra a Rússia, incluindo restrições mais severas à indústria de petróleo e energia russa.

Cessar-fogo distante

Zelenski afirmou, no sábado, que busca acelerar as negociações para uma trégua e propôs novas conversas para a próxima semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou no domingo que Putin está disposto a avançar em direção a um acordo de paz, mas sem abrir mão de seus objetivos. Entre suas condições estão a promessa jurídica de que a OTAN não se expandirá para o leste, a neutralidade da Ucrânia e limites para suas Forças Armadas, além da aceitação dos ganhos territoriais russos.

Zelenski, por sua vez, afirmou que a Ucrânia nunca reconhecerá a soberania russa sobre as regiões ocupadas e manterá o direito soberano de decidir sua adesão à OTAN.