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O governo dos Estados Unidos suspendeu os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, de acordo com fontes do Palácio do Planalto. A medida inclui o ministro Alexandre de Moraes, além de outros sete membros da Suprema Corte.
Fontes indicaram que, além de Moraes, os seguintes ministros tiveram seus vistos revogados: Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Edson Fachin (vice-presidente do STF), Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, e o procurador-geral Paulo Gonet. No entanto, os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux não teriam sido afetados pela sanção.
O governo dos EUA, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, afirmou que notificaria os afetados por e-mail, mas até o momento não divulgou uma lista oficial dos nomes. Além disso, o Brasil ainda não recebeu qualquer comunicação formal sobre a suspensão dos vistos.
O governo do presidente Donald Trump havia anunciado na sexta-feira (18) a revogação dos vistos de Moraes, de seus aliados e de seus familiares imediatos, em resposta ao que considerou como "perseguição política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e à "censura a americanos". Rubio também criticou a ação de Moraes como uma violação dos direitos básicos dos brasileiros e uma interferência além das fronteiras do Brasil, atingindo cidadãos dos EUA.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu à medida, classificando-a como "arbitrária e sem fundamento". Em uma declaração, Lula destacou que a interferência de um país no sistema de justiça de outro é inaceitável e prejudica os princípios de respeito e soberania entre as nações.
Até o momento, o governo dos Estados Unidos não revelou mais detalhes sobre os motivos específicos da revogação ou sobre as consequências dessa medida.
