Rússia rejeita ultimato de Trump sobre cessar-fogo: "Inaceitável"

O governo russo refutou, nesta terça-feira (15), o ultimato do presidente americano Donald Trump, que exigiu um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia em 50 dias. A Rússia classificou a imposição como "inaceitável". De acordo com a agência de notícias russa TASS, o presidente Vladimir Putin seguirá com a guerra até atingir seus objetivos.

Em reação à ameaça de Trump de aplicar tarifas de 100% sobre produtos de países que mantêm relações comerciais com a Rússia, caso Moscou não concorde com um cessar-fogo, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, afirmou que "qualquer tentativa de impor exigências, especialmente ultimatos, é inaceitável para nós".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, expressou interesse em entender o raciocínio de Trump ao estabelecer um prazo de 50 dias para a assinatura de um acordo. Lavrov sugeriu que o presidente dos Estados Unidos estaria sob pressão da OTAN e da União Europeia, que, segundo ele, buscam prolongar o conflito.

O chanceler russo também questionou prazos anteriores, como os de 24 horas e 100 dias, e reiterou a necessidade de compreender melhor a motivação por trás das exigências de Trump. Em declarações à TASS, Lavrov criticou as sanções impostas contra a Rússia e as posições de aliados internacionais sobre a guerra na Ucrânia e o programa nuclear iraniano.

Na segunda-feira (14), Trump se reuniu com o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, na Casa Branca, onde anunciou o ultimato e afirmou que enviaria novas armas para a Ucrânia.