Os governos do México e do Reino Unido comunicaram oficialmente ao Brasil a retomada das importações de carne de frango proveniente do Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. Com a decisão, já são 27 os países que voltaram a comprar o frango brasileiro, após o reconhecimento, por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), do encerramento do surto de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial localizada no município de Montenegro (RS).
Além de México e Reino Unido, retomaram as importações, sem a imposição de novos embargos, países como África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cingapura, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
Apesar do avanço, ainda há restrições em vigor. As exportações de carne de frango brasileira seguem suspensas para 10 mercados: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste e União Europeia. Esses países, ou suspenderam as compras do produto brasileiro ou tiveram a certificação interrompida pelo próprio Brasil, conforme os acordos sanitários em vigor.
Além disso, 15 países continuam com embargos especificamente ao frango oriundo do Rio Grande do Sul. Entre eles estão Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Belarus, Casaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, Namíbia, Omã, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.
Outros casos envolvem suspensões localizadas. O Catar e a Jordânia proibiram a importação de carne de frango e derivados apenas do município de Montenegro. O Japão, por sua vez, interrompeu as compras dos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO), todos com registros da doença em produções de subsistência. Seis mercados estabeleceram restrições em um raio de 10 quilômetros do foco da gripe aviária: Hong Kong, Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão.
A expectativa do governo brasileiro é de que, com o encerramento oficial do foco em plantel comercial e a confirmação da OMSA sobre a situação sanitária controlada, novas flexibilizações sejam anunciadas por outros mercados internacionais nos próximos dias.