O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, voltou a criticar duramente a União Europeia por continuar financiando a Ucrânia em meio à guerra contra a Rússia. Segundo ele, o conflito se tornou uma “guerra invencível” e a Europa, ao lado de Kiev, já teria perdido a disputa, embora, segundo suas palavras, “ninguém tenha coragem de admitir”.
A declaração foi feita neste sábado (13), no momento em que a UE analisa a criação de um fundo no valor de 100 bilhões de euros destinado a sustentar os gastos do governo ucraniano. A proposta, que combina subsídios e empréstimos com juros baixos, será votada ainda neste mês e está prevista para começar a valer em 2028, como parte do novo orçamento europeu de sete anos.
Orban se posicionou de forma veemente contra a medida, defendendo que os recursos deveriam ser destinados a esforços diplomáticos e não a estratégias de guerra. Segundo o premiê, a atual abordagem da União Europeia está dominada por uma visão pró-guerra, o que, em sua opinião, representa um grave erro de cálculo estratégico por parte dos líderes europeus.
Ele argumentou que a força militar não será capaz de decidir os rumos do conflito e que apenas o diálogo diplomático poderá oferecer uma solução realista. Orban também lembrou que a Ucrânia já recebeu grandes somas em apoio financeiro e alertou que investir ainda mais, sem uma perspectiva clara de vitória militar ou política, seria uma atitude “irresponsável”.
“Chegou o momento de os diplomatas voltarem à mesa de negociações e trabalharem pela paz”, concluiu o líder húngaro.